Após ser internado em clínica psiquiátrica, delegado Rafael é transferido para o Hospital Ana Nery
Delegado é investigado pela Operação Transformers e teve liberdade provisória revogada pelo STJ na semana passada
O delegado Rafael Gomes foi transferido para o Hospital Ana Nery, em Juiz de Fora, nesta terça-feira (19). A informação foi confirmada pela assessoria do hospital, que afirmou não poder informar mais detalhes sobre o estado de saúde do paciente.
Na semana passada, o delegado havia sido internado em uma clínica psiquiátrica após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) revogar sua liberdade provisória no âmbito da Operação Transformers. A Tribuna entrou em contato com o advogado de Rafael, mas, até o momento, não obteve retorno.
O delegado Rafael é investigado pela Operação Transformers juntamente com outros cinco policiais de sua equipe, que estão presos na Casa de Custódia em Belo Horizonte. Rafael estava em liberdade desde o dia 28 de junho, depois de ficar oito meses preso. O desligamento foi feito mediante alvará de soltura, expedido pelo Poder Judiciário, após habeas corpus concedido pelo STJ. A decisão mantém o delegado afastado do cargo.
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Relembre o caso envolvendo o delegado Rafael Gomes
Rafael Gomes era titular da Delegacia de Combate ao Narcotráfico da Regional de Juiz de Fora e foi preso na Operação Transformers. Após a repercussão do caso, as especializadas foram extintas na cidade, já que todos os policiais detidos fariam parte da mesma delegacia, e o esquema envolveria pagamento de propina, em troca da “blindagem” dos membros da organização criminosa, configurando práticas de corrupção ativa e passiva.
A ação foi desencadeada em 20 de outubro do ano passado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público (MP), com o apoio das polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal. Ao todo, foram cumpridos 250 mandados de busca e de prisão em Juiz de Fora e nas cidades de Esmeralda, Botelhos e Três Corações, contra mais de 30 investigados. O MP solicitou indisponibilidade financeira de R$ 55 milhões, mas a suspeita é de que a organização criminosa tenha movimentado cerca de R$ 1 bilhão em cinco anos. Os crimes envolveriam roubo, furto, receptação e desmanche de veículos.