Oportunidade Ășnica
AnĂșncio de investimentos nas rodovias de Minas dĂĄ margem para açÔes em torno das rodovias que cortam a regiĂŁo e da BR-440, cujas obras estĂŁo paralisadas hĂĄ cerca de dez anos
Os ministros dos Transportes, Renan Filho, e de Minas e Energia, Alexandre da Silveira, em entrevista na Ășltima terça-feira, anunciaram que o Governo federal vai investir R$ 1,681 bilhĂŁo para restaurar a malha rodoviĂĄria de Minas Gerais. De acordo com o jornal âEstado de Minas, destes recursos, R$ 1,03 bilhĂŁo serĂĄ destinado a manutenção e R$ 649,1 milhĂ”es serĂŁo empregados em obras, construçÔes e adequaçÔes.
A BR-381, que liga Belo Horizonte a VitĂłria, no EspĂrito Santo, deve ter os seus 300 quilĂŽmetros duplicados, a fim de reduzir o nĂșmero de acidentes e facilitar a mobilidade. A rodovia Ă© chamada de âEstrada da Morte, tal o volume de acidentes fatais. Sua recuperação Ă© perfeitamente justificĂĄvel.
No entanto, como não houve detalhamento dos demais projetos, embora o ministro dos Transportes tenha se reunido até com o governador Romeu Zema, é de se esperar que as rodovias que cortam a região sejam contempladas com algum investimento, tal a sua precariedade, como a BR-267, jå apontada neste espaço em mais de uma ocasião.
A prefeita Margarida Salomão, em uma de suas empreitadas no Ministério dos Transportes, teria sido provocada a falar com quem manda, e, como tem acesso direto ao ministro, ficou de lhe apresentar as demandas, especialmente de Juiz de Fora para a conclusão de obras inacabadas que assistem o passar sem uma solução.
Ela jĂĄ conseguiu do Dnit a decisĂŁo de recuperar o trecho da BR-267 que corta a malha urbana da cidade, o que implica asfaltamento da margem esquerda da Avenida Brasil e da Avenida JK atĂ© a altura do Bairro SĂŁo Dimas, quando a rodovia toma rumo em direção Ă BR-040, na altura do 27Âș BatalhĂŁo de PolĂcia Militar. Trata-se de um grande avanço, pois hĂĄ a possibilidade de se atender tambĂ©m a um velho pleito dos moradores da Zona Norte. A construção de uma ciclovia, que jĂĄ tem projeto financiado pela MRS, pode se tornar uma realidade.
Mas o ministro precisa resolver o principal gargalo de sua pasta em Juiz de Fora, situado na Cidade Alta. A BR-440, que jĂĄ era para estar concluĂda hĂĄ pelo menos dez anos, continua com seu projeto inacabado e, em vez de solução, tornou-se um estorvo para a população. A ligação com a BR-040 demanda um trecho de pouco mais de 500 metros e tem atĂ© esboço, jĂĄ que as pendĂȘncias ambientais foram resolvidas. Mesmo assim, depois de um canteiro de obras que ficou por poucos meses, tudo voltou Ă estaca zero.
A prefeita tem trĂąnsito no MinistĂ©rio, mas os deputados domiciliados em Juiz de Fora, ou da regiĂŁo, poderiam afastar distĂąncias ideolĂłgicas e tratar do tema de forma conjunta, como fazem lideranças de outras regiĂ”es mineiras, especialmente do TriĂąngulo Mineiro. Ă fundamental que a cidade mostre força e defenda republicanamente suas pautas nos gabinetes de BrasĂlia.