Presidenciáveis influenciam campanha para o Governo do Estado

Por Paulo Cesar Magella

A menos de quatro meses das eleições os comitês partidários continuam analisando cenários certos de que, pelo menos em Minas, o jogo ainda não está definido. O governador Romeu Zema, que intensificou suas viagens pelo interior para entregar obras, continua liderando as pesquisas, mas tanto no seu comitê quanto no dos adversários há a convicção de que o jogo ainda não acabou.

O fator que mais pesa é a participação dos presidenciáveis. O governador insiste em falar da candidatura de Felipe D’Àvila, de seu partido Novo, que continua dando traço nas pesquisas, enquanto seus adversários mais próximos ligam suas candidaturas à disputa nacional. O ex-prefeito Alexandre Kalil, depois que formalizou sua aliança com o ex-presidente Lula saltou nas intenções de voto, especialmente nos redutos em que o ex-presidente vai bem nas pesquisas.

Quando ainda articulava a aliança com o PSD, Lula, numa conversa com Kalil, disse que ambos tinham uma dupla dependência: o candidato a governador estava bem situado em Belo Horizonte e no seu entorno, enquanto o ex-presidente puxava os votos no restante do Estado. É com essa perspectiva que são aguardados os próximos números.

O comitê aposta em números mais próximos, mas alerta que muita coisa depende de como Kalil vai se comportar. Tanto ele quanto o governador têm subido o tom da campanha, mas tal postura nem sempre se traduz em votos.

O senador Carlos Viana, que ligou seu nome à candidatura do presidente Jair Bolsonaro também está entrando na casa de dois dígitos, mas ainda está distante dos ponteiros ante a relutância do próprio presidente em endossar seu nome. Na última passagem por Minas, Bolsonaro fez rasgados elogios a Romeu Zema e, pelas especulações, ainda espera convencê-lo a subir no seu palanque. Zema resiste por saber que em algumas regiões de Minas, especialmente no Norte e Nordeste, sua candidatura aparece atrelada a Lula no chamado Lulazema.

Paulo Cesar Magella

Paulo Cesar Magella

Sou da primeira geração da Tribuna, onde ingressei em 1981 - ano de fundação do jornal -, já tendo exercido as funções de editor de política, editor de economia, secretário de redação e, desde 1995, editor geral. Além de jornalista, sou bacharel em Direito e Filosofia. Também sou radialista Meus hobbies são leitura, gastronomia - não como frango, pasmem - esportes (Flamengo até morrer), encontro com amigos, de preferência nos botequins. E-mail: [email protected] [email protected]

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