Fim de ano sempre traz consigo a esperança por dias melhores. E, mesmo diante de uma pandemia, o sentimento não é diferente. A Black Friday e as festas de fim de ano são esperança de estímulo para a economia brasileira. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), houve uma arrecadação de mais de R$ 3,6 bilhões, representando o melhor desempenho em dez anos. Além disso, esse ótimo resultado proporciona uma maior esperança para as compras natalinas, em relação ao ano de 2020. Nos dois dias de Black Friday, o crescimento foi de 5,8%, apesar da queda de 0,5% dos pedidos totais. O ticket médio nacional teve elevação de 6,4%, totalizando uma média de R$ 711,38.
Espera-se uma movimentação de mais de R$ 68 bilhões no Natal _ segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) _ sendo que mais de R$ 6 bilhões da movimentação esperada advém das trocas de presentes com o amigo secreto. Esses valores poderão ocorrer em decorrência da volta gradual da população, após a vacinação, às suas rotinas e aos seus empregos.
Vale destacar que, ainda segundo a CNDL, os itens de maior procura são roupas e brinquedos, seguidos de perfumes/cosméticos e sapatos e, por fim, acessórios em geral. Compras realizadas pela internet representam cerca de 79% da preferência dos consumidores.
Além de movimentar o comércio, o período de Black Friday e, principalmente, de Natal, geram vagas de emprego. A expectativa é que, neste ano, ocorra um avanço de 4,3% em relação ao ano passado, de acordo com dados da CNC. Com isso, estima-se o recrutamento de trabalhos sazonais de 73,1 mil pessoas para o ano.
Assim, este é um momento importante para analisarmos se haverá uma retomada gradual do crescimento, tanto do comércio quanto do mercado de trabalho, uma vez que Fábio Bentes, economista chefe da CNC, destacou que, ao contrário de 2020, quando somente 15% dos trabalhadores contratados foram efetivados de fato, a projeção dessa taxa está em 27%. Antes da crise, a taxa média de efetivação era de 32,5%.
Kamylla Correia e Maria Clara Kappaun