De volta! JF Vôlei vence Aero e conquista o acesso à Superliga
Em campanha histórica e invicta em meio às dificuldades da pandemia, equipe juiz-forana retorna à elite do voleibol nacional após três temporadas fora
O JF Vôlei está de volta à Superliga A masculina. A equipe juiz-forana conquistou o tão sonhado acesso em triunfo cercado de emoções nesta terça-feira (13), após vencer novamente o Aeroclube (RN) no Ginásio do Riacho, em Contagem (MG), na semifinal da Superliga B, no tie-break, com parciais de 25/20, 18/25, 20/25, 27/25 e 15/10. O triunfo manteve a invencibilidade histórica da equipe na competição, fechou o confronto melhor de 3 contra o clube potiguar e também rendeu classificação à decisão da segunda divisão nacional. A disputa do título ainda não data definida, mas será em jogo único, conforme regulamento, diante do Brasília Vôlei/Upis, com mando juiz-forano.
O Troféu Viva Vôlei, de melhor atleta da partida, foi concedido ao ponteiro Thiago, que também atuou como oposto durante a partida.
O jogo
O técnico Marcos Henrique do Nascimento mandou a equipe mandante para quadra com o oposto Paolinetti, o levantador Gustavo, os pontas Viller e Celestino, com Bruno e Pilan de centrais e Dayan de líbero. Entraram o ponta Thiago e o oposto Leonam.
O início da partida foi marcado pela alternância de comando no placar e o equilíbrio até mesmos nos erros, seja nos serviços ou nos side outs. A primeira equipe a abrir vantagem de dois pontos foi o Aero (8/10), após equívocos de JF. Na passagem de Celestino pelo saque, no entanto, os mandantes igualaram a contagem com um ace e um bloqueio (14/14), e a virada veio em seguida, após uma defesa espetacular de Dayan e uma largada de Viller, que ainda emendou ace no ponto seguinte. O volume de jogo juiz-forano se manteve, enquanto os erros do adversário aumentaram na reta final (19/16). Nem mesmo os tempos pedidos pelo técnico Alessandro Fadul impediram a sequência de JF, que fechou o primeiro set em 25/20, após mais uma grande defesa do líbero Dayan.
Saque faz a diferença
O segundo parcial começou com dificuldade na recepção juiz-forana nos saques de Robert direcionados ao ponta Celestino – efetivo no ataque, mas com dificuldades defensivas. Mais agressivo, o Aero abriu 4 a 1, e fez o comandante Marcão parar o jogo com tempo técnico. A pausa teve efeito e, com três pontos de Viller, o empate veio de forma imediata (4/4). O saque forçado voltou a fazer diferença em meio ao equilíbrio, desta vez para o time potiguar, com Pedro e Robert, dificultando o JF, e abrindo vantagem (12/16). As reclamações com a arbitragem elevaram a tensão do confronto, e a diferença no placar aumentou para os visitantes, que fecharam em 18/25 após erro de saque de Bruno.
O JF Vôlei começou o terceiro set com erros tanto ofensivos e nos saques quanto na recepção, o que custou uma vantagem de cinco pontos (5/10) e a entrada de Leonam na vaga de Paolinetti na saída. O início seria a tônica do período. Nervosa, a equipe da casa abusou dos erros durante toda a parcial, apenas com Viller constante, o que não foi suficiente pra impedir a vitória de Aero por 20/25.
Viller decisivo
No quarto parcial, o ponta Thiago entrou na saída de rede, como durante na partida de ida, levando Paolinetti, em nova má atuação, à reserva. As dificuldades das parciais anteriores seguiram, desta vez com o bloqueio adversário pontuando mais, fazendo o Aero abrir quatro pontos (4/8). Na passagem de Viller no saque, contudo, a linha de passe potiguar foi dificultada, e JF anotou sequência de pontos, virando a contagem (12/11). A emoção tomou conta do embate, disputado ponto a ponto, até Bruno começar sequência de saques contribuindo para que os juiz-foranos abrissem 18/15. Fadul chegou a parar o jogo, e, ponto a ponto, viu sua equipe igualar a contagem e evitar o triunfo juiz-forano (24/24). Mas Viller, em grande atuação, apareceu novamente, superando bloqueio duplo rival e, em seguida, vendo erro de ataque adversário com o fim do set: 27/25 para JF.
Tie-break concretiza sonho
Como não podia ser diferente, o quinto set foi de tensão e equilíbrio. Marcão promoveu o retorno do oposto Paolinetti, mas na vaga de Celestino, levando Thiago para a ponta, sua posição de origem. Quando Viller seguia em partida espetacular no ataque, o bloqueio juiz-forano apareceu em momento importante, abrindo 9/7. Nem mesmo a conversa entre Marlon e Fadul sobre o ponta argentino, em tempo pedido, trouxe uma solução para anular o hermano. Paolinetti também apareceu para anotar 12/8 em grande ataque de trás da linha dos 3 metros. A vantagem foi mantida com frieza demonstrada em toda a temporada e o acesso concretizado: Juiz de Fora Vôlei 15 a 10 e de volta à primeira divisão nacional.
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