Motoboys fazem manifestação na Avenida Rio Branco

Profissionais de entrega cobram melhores condições de trabalho e segurança, além de vacinação da categoria


Por Renato Salles

01/02/2021 às 20h27- Atualizada 01/02/2021 às 21h47

Um grupo de motoboys e moto girls fizeram um protesto pela principal avenida de Juiz de Fora nesta segunda-feira. Entre os pleitos da categoria estão maior reconhecimento financeiro, por meio de valores de diárias e taxas mais justas, e maior segurança para os trabalhadores.

Os profissionais pedem ainda celeridade no processo de vacinação, sob o entendimento de que foram uma das categorias que não pararam em momento algum da pandemia da Covid-19. Eles também levaram às ruas pautas nacionais, como o pedido de redução dos preços de combustíveis.

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Profissionais pedem celeridade no processo de vacinação, sob o entendimento de que foram uma das categorias que não pararam em momento algum da pandemia da Covid-19 (Foto: Divulgação)

A manifestação teve início a partir de 16h30, quando os manifestantes se concentraram próximo ao supermercado Carrefour. De lá, partiram em comboio pela Avenida Rio Branco por volta das 17h15.

A manifestação seguiu por quase toda extensão da principal via da cidade, indo até o Bairro Manoel Honório, de onde o grupo retornou até o Parque Halfeld. O protesto se dispersou por volta das 18h15. Segundo um dos organizadores do ato, a mobilização reuniu cerca de 150 motos.

Um dos organizadores da manifestação, o motoboy Thiago Damasceno considerou que o protesto cumpriu o objetivo de chamar a atenção da população para as demandas da categoria. “Buscamos visibilidade”, ressaltou.

Thiago integra a União Motoboys Juiz de Fora. “É um grupo de profissionais em que um ajuda o outro em momentos difíceis, como quando alguém se acidenta”, explicou.

Segundo ele, o número de manifestantes poderia ter sido maior, porém muitos não puderam abrir mão do trabalho por pressões financeiras, uma vez que, de acordo com o profissional, “mais de 80% dos integradores trabalham como freelancer, sem carteira assinada”.

Thiago reforçou que o ato não foi direcionado especificamente a aplicativos ou aos donos de estabelecimentos que utilizam os serviços de entrega, mas a conscientização de todos os envolvidos sobre as dificuldades vivenciadas no cotidiano dos profissionais.

“Há até aqueles que pagam bem. Assim, o que estamos pedindo é um maior reconhecimento financeiro de forma geral e a equiparação destas taxas. Recentemente, tivemos várias altas no curso da prestação do serviço, sem aumento das taxas. Os pneus foram de R$ 135 para R$ 225”, exemplificou o profissional.

“Também queremos cobrar dos órgãos competentes respostas mais rápidas, já que assaltos frequentes vêm acontecendo com os motoboys”, pontuou Thiago.

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