Covid-19: Há esperança em meio ao caos?

Por Conjuntura e Mercados

Seguindo o padrão de vários países, a segunda onda do novo coronavírus tem apresentado seus reflexos no Brasil. No âmbito regional, Minas Gerais, até o segundo trimestre de 2020, estava classificado como um dos cinco estados com menor média de incidência do vírus, segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. Porém, atualmente, com o crescimento de novos recordes de níveis de infecção e mortes no país, o estado novamente começa a ter notoriedade, todavia por um outro ponto de vista: a alta do número de casos.

De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG), Minas Gerais já contabiliza mais de 500 mil casos positivos de Covid-19. Além disso, o estado já soma mais de 11 mil mortes em decorrência dos efeitos do vírus que teve seu primeiro caso diagnosticado na região em 8 de março deste ano. Os dados mostram que os números retornaram ao patamar de junho, quando se alcançou o ápice no número de diagnósticos positivos -o recorde de infecções em um único dia foi de 6.095 novos casos em 26 de junho. Desde então, a região enfrenta a volatilidade dos casos da doença, apresentando quedas em determinados períodos e intensificação em outros.

Muito do aumento significativo dos casos de Covid-19 pode ser explicado pela flexibilização das medidas de isolamento adotadas por várias cidades e pela realização das eleições municipais de 2020. Como consequência, houve aumento na procura por postos de saúde e leitos de internação nas cidades mineiras, o que pode levar à
superlotação dessas unidades.

Para diminuir os danos advindos dessa doença, medidas de retrocesso na flexibilização estão sendo implantadas por algumas cidades e os investimentos do estado na aquisição de vacinas se tornaram uma esperança ao povo mineiro. Alguns municípios já assinaram termos de aquisição de doses da vacina, como foi o caso de Juiz de Fora que apresentou um memorando de entendimento entre o Município e o Instituto Butantan para garantir, a partir de janeiro de 2021, a oferta de um milhão de vacinas. Contudo, até que a vacinação chegue a todos, as medidas de prevenção precisam continuar em vigor.

Iris Barquette e Débora Mendonça

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