Câmara de JF rejeita concessão de título honorífico a Romeu Zema

Homenagem ao governador de Minas não obteve maioria qualificada e recebeu voto contrário de bancada petista


Por Renato Salles

14/12/2020 às 22h33

A Câmara Municipal de Juiz de Fora rejeitou um projeto de lei que sugeria a concessão de um título de “cidadão honorífico” da cidade ao governador de Minas Gerais Romeu Zema (Novo). O dispositivo integrou a longa pauta de votação desta segunda-feira (14), último dia de sessões parlamentares da Legislatura 2017/2020. A negativa da honraria se deu por conta de que a quantidade de vereadores que se manifestaram favoráveis à homenagem não atingiu o número mínimo de 13 votos, uma vez que proposições que tratam de tal reconhecimento exigem maioria qualificada.

Votaram contra a concessão do título de cidadão honorífico a Zema os dois vereadores que integram a bancada do PT na Câmara Municipal: Wanderson Castelar (PT) e Juraci Scheffer (PT). Castelar justificou o posicionamento por considerar que o governador de Minas Gerais reproduz, do ponto de vista político, as mesmas práticas e ações adotadas pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), de quem é crítico. Por sua vez, Juraci afirmou que seu voto contrário se dá pelas propostas do Poder Executivo mineiro de privatizar empresas públicas do estado.

Autor do projeto de lei que pretendia homenagear Romeu Zema, o vereador Júlio Obama Jr. (Podemos) lamentou o posicionamento dos colegas. Na justificativa anexada à proposição, Obama defende a entrega da honraria ao afirmar que Zema é uma figura “atuante para o progresso de Minas e nossa cidade”. Por outro lado, Júlio Obama conseguiu que a casa aprovasse a concessão do reconhecimento de cidadão honorífico da cidade ao atual secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Fernando Passalio.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.