Plantas do Parque de Ibitipoca começam a rebrotar
Espécies nativas estão renascendo, como o capim do campo e a canela de ema
Os visitantes que passam pelo Parque Estadual de Ibitipoca podem testemunhar o rebrotamento de plantas na área afetada pelo incêndio que ocorreu entre os dias 27 e 29 de setembro. No parque, ainda predomina o resultado da queimada. No entanto, os pontos verdes começam a cercar o ambiente. Conforme a gerente do parque, Clarice Silva, esse é um bom sinal. “Apenas uma semana após o incêndio, a vegetação reage bem à ocorrência do fogo. A expectativa é a de que, até novembro, a área já esteja mais verde.”
De acordo com Clarice, as espécies em recuperação, como o capim do campo e a canela de ema, são nativas do parque. A umidade do ar contribuiu para a reação das plantas, mesmo antes da chegada das chuvas. Agora com as precipitações existe a expectativa pelo desenvolvimento mais rápido.
Com a reabertura do parque em Ibitipoca aos visitantes ocorrida na quarta-feira (7), todos poderão ajudar. A primeira orientação, de acordo com Clarice, é a de não acessar as áreas afetadas pelo incêndio. “Ou seja, o visitante deve andar sempre nas trilhas e não pisar nas áreas queimadas, porque isso atrapalha a recuperação das áreas.” É pedido, ainda, que os visitantes adotem condutas conscientes e prestem bastante atenção nas áreas pelas quais passam. “Quando visitamos uma área natural, não devemos marcar os lugares. A ideia é a de que não devemos deixar nenhuma marca da nossa passagem, nem um impacto negativo”, ressalta Clarice.
Parque de Ibitipoca reaberto
Em função da pandemia, o Parque Estadual de Ibitipoca estava fechado desde março. O retorno está marcado por uma série de cuidados e regras. As visitas devem passar por agendamento eletrônico na página institucional. Há três circuitos com acesso liberado: Janela do Céu, Pico do Pião e o Circuito das Águas. Há também restrição na quantidade de pessoas que podem passar pelo local por dia, cada agendamento só poderá incluir grupo de até cinco visitantes.
Ainda de acordo com Clarice, há a expectativa de que as chuvas esperadas para essa estação contribuam para a diminuição do risco de novos incêndios. A queimada do fim de setembro em Ibitipoca, de acordo com o Corpo de Bombeiros, atingiu cerca de 500 hectares.
