Apesar de pressão, bares continuam sem consumo interno em JF

A partir da próxima sexta, restaurantes poderão funcionar com 50% da capacidade, inclusive com comercialização de bebidas. Bares continuam com delivery e retirada no balcão


Por Carolina Leonel

11/08/2020 às 22h28

Após protesto de dezenas de pessoas contra a decisão da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) de não permitir o consumo interno em bares da cidade, o Comitê Municipal de Enfrentamento e Prevenção à Covid-19 se reuniu, na noite desta terça-feira (11), para novamente discutir as permissões ao setor de alimentação em tempos de pandemia. A principal definição sobre a pauta foi em relação a restaurantes, que poderão ampliar o consumo interno, com limitação de 50% da capacidade, a partir da próxima sexta-feira (14). Estes estabelecimentos poderão funcionar de segunda a domingo, das 11h às 15h e das 18h às 22h, inclusive com comercialização de bebidas alcóolicas para os consumidores que estiverem no estabelecimento. Já em relação aos bares, foi vedado o consumo interno, conforme definição anterior do Comitê Municipal, na última quinta. Estes locais deverão continuar realizando apenas entregas a domicílio e retirada no balcão.

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Manifestantes ocuparam parte da Av. Brasil, em frente à Prefeitura, e protestaram batendo panelas contra medidas restritivas envolvendo os bares (Foto: Fernando Priamo)

A discussão em relação à realização de cultos e celebrações religiosas foi adiada. Portanto, a última deliberação do colegiado fica mantida, permitindo a realização de celebrações religiosas desde que seja restrita a presença do público a até 30% da capacidade dos templos, com o limite fixado em cem pessoas, e com distanciamento interpessoal de dois metros entre os fiéis.

A nova definição acontece cinco dias após o Município ser classificado na onda amarela da nova versão do Minas Consciente, que, em tese, permite a bares e restaurantes a retomada do consumo interno, inclusive com vendas de bebidas alcoólicas. Apesar disso, o Comitê Municipal manteve a prerrogativa do Executivo de restringir o funcionamento de bares na cidade. É apontada como justificativa o risco da retomada, uma vez que a taxa de transmissibilidade da doença aumentou na cidade.

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