Grupo da UFJF envia três mil viseiras de proteção para a Amazônia
Iniciativa formada por professores, alunos e técnicos já fez doação de mais de 15 mil itens
Trabalhando na produção de viseiras de proteção, conhecidas como face shields, o Grupo de Inteligência Robótica (GrIn) da Faculdade de Engenharia, com a colaboração do Laboratório de Prototipagem e Virtualização (Laprot) da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFJF (@laprot.ufjf), vai encaminhar três mil unidades do equipamento de proteção individual para a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiaba).
Desde abril, o grupo formado por voluntários se dedica à produção desses produtos e, até o momento, já doaram mais de 15 mil viseiras para os hospitais de Juiz de Fora e região. A remessa para a Amazônia, onde o material vai colaborar no atendimento à população indígena, deve ser feita nos próximos dias. “Acompanhando as notícias, sabemos que a situação lá é grave. Entrei em contato com a Coiaba e eles têm interesse pelas máscaras e têm como pagar o transporte. Terminamos ontem, encaixotamos tudo e agora estamos correndo atrás de transportadora para enviar o material para Manaus”, pontuou o coordenador dos voluntários, Aristides Perobelli Fonseca, que é técnico administrativo em educação na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Além dele, também coordena as atividades o professor do Departamento de Engenharia Elétrica, Exuperry Barros Costa.
Aristides explica que o material será doado aos profissionais de saúde que atendem aos povos indígenas. “Uma viseira protege o profissional de saúde e, consequentemente, pelo menos mais dois membros da família. Quando fazemos a escala de quantas pessoas conseguimos ajudar com cada unidade temos uma percepção muito satisfatória e gratificante desse trabalho.”
O servidor ainda reforça que a produção do projeto é regularmente encaminhada aos hospitais da região, como a Ascomcer e o Hospital Universitário. “Em pouco tempo, conseguimos atender a região. Temos conversado sobre o significado dessa ação e entendemos que, talvez, esse seja o projeto mais significativo das nossas vidas.”
No início da caminhada, segundo ele, foi impressionante o número de interessados em participar. No princípio, eram alunos dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e Engenharia. Logo depois, estudantes de vários outros cursos se propuseram a participar. Mais de cem voluntários já passaram pela iniciativa. “Fizemos um ótimo trabalho, mas ainda há muito a fazer”, conclui Aristides.