Pais encontram livros 8% mais caros


Por Fabíola Costa

08/01/2013 às 07h00

Na Palimontes, tíquete médio de compras esperado é de até R$ 110

Na Palimontes, tíquete médio de compras esperado é de até R$ 110

A chegada do quinto dia útil e a liberação dos pagamentos motivou os pais a iniciarem a maratona de compra de livros e material escolares. Nas prateleiras, é possível encontrar variedade de produtos e aumento de, pelo menos, 8% no preço dos livros e de 5% nos demais itens da lista. A expectativa de alta nas vendas este ano chega a 30% em alguns estabelecimentos.

Entre os lojistas, a avaliação é que o movimento cresceu desde o início do ano e ganhou fôlego ontem. A maior procura, no entanto, é esperada para a segunda quinzena do mês, especialmente a última semana. É esperada para hoje a divulgação do horário especial de funcionamento para papelarias e livrarias, definido por meio de acordo entre sindicato patronal e de funcionários do comércio. A expectativa é pela ampliação do expediente até as 20h durante a semana.

Enquanto a professora Dezrree de Moura Alves Peixoto, 39 anos, fazia as contas, os filhos Vinícius Eduardo, 3, e Maria Eduarda, 6, se entretiam com os livros sentados no chão da papelaria. Só com publicações, ela gastou em torno de R$ 350. Pelos seus cálculos, a lista dos dois vai dispender em torno de R$ 800. "É muito apertado para os pais."

A enfermeira Paula Gazola, 37, também iniciou as compras ontem, junto com o filho Arthur, 7. Ela gastou, pelo menos, R$ 400 com livros, já considerando os 10% de desconto obtidos no pagamento. Com os demais itens da lista, Paula deve gastar, pelo menos, mais R$ 100. Para não onerar o orçamento doméstico, a mãe pretende atender alguns pedidos do filho, como caderno ilustrado com o desenho preferido, sem fugir muito dos pedidos da escola.

"O mercado já esquentou, estamos com a loja mais movimentada", avalia o proprietário da Papelaria Mec, Alfredo Ribeiro Braga. A expectativa dele é de aumento de 15% nas vendas na comparação com 2012. Alfredo afirmou que não houve reajuste nos itens básicos, sem especificar a alta nos demais. "Compramos no meio do ano passado, quando as fábricas estavam com promoções", justifica. De acordo com ele, os preços atuais serão mantidos até março. O pico das compras, no entanto, é esperado para a última semana de janeiro e a primeira de fevereiro. "A sugestão é que o cliente venha antes desse período, para ter mais tempo de escolher e contar com variedade." Na Papelaria Mec, o tíquete-médio esperado varia de R$ 50 a R$ 60 para alunos de escolas públicas e de, pelo menos, R$ 150 para os da rede particular.

Na Palimontes, o tíquete-médio esperado varia de R$ 90 a R$ 110, conforme o gerente Sílio Borges. No estabelecimento, o objetivo é aumentar em 33% as vendas ante o ano anterior. Para atingir a meta, segundo ele, foram intensificadas as negociações com os fornecedores, de forma que o aumentos ficassem em 5% (material escolar) e 8% (livros) este ano. Conforme Sílio, a procura começou a crescer a partir do dia 2. O pico, porém, é esperado a partir da segunda quinzena. "É a época em que a demanda fica acima da capacidade de qualquer papelaria."

Na Banca do Vasco, a gerente Inaiá Guimarães, também espera alta de até 30% nas vendas. Ela identificou aquecimento nas últimas três semanas, principalmente por livros do primeiro grau. Segundo ela, na compra de usados ou troca de publicações, a economia dos pais chega a, pelo menos, 50%. O percentual varia de acordo com a conservação do livro, explica. Na Banca do Vasco, o tíquete-médio esperado é de R$ 100 este ano.

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