Duas certezas
Dunga reestreou no comando da Seleção com duas vitórias magras: 1 a 0 contra Colômbia e Equador. Dois triunfos construídos em jogadas de bola parada, onde o talento raro de Neymar foi mais uma vez preponderante, em cobrança de falta perfeita e em bela assistência para o gol de Willian, após jogada bem ensaiada. Os resultados serviram para manter invejáveis os números do treinador. O casmurro comandante soma, em duas passagens à frente do time canarinho, 62 jogos, 44 vitórias, 12 empates, seis derrotas e 77,4% de aproveitamento. Apesar de não ser muito fã de seu estilo, tenho que dar o braço a torcer para o técnico e para Maquiavel. Excetuando o ocaso de 2010, com Dunga no banco brasileiro, o fim tem justificado os meios.
Números à parte, a verdade é que não dá para tirar maiores conclusões sobre o futuro da Seleção. Apesar de a base da equipe que Dunga mandou a campo ter participado do fiasco da última Copa, o time ainda está em formação. Sem um camisa 9 à disposição, o treinador opta por homens de velocidade na linha de frente, o que requer uma releitura do posicionamento dos jogadores. Se irá dar certo ou não, só o tempo irá dizer. Até lá, apenas duas certezas: a dependência de Neymar, que promete se estender por alguns anos, e a de que teremos grandes dificuldades nas Eliminatórias, já que Colômbia e Equador jogaram de igual para igual com o Brasil. E vice-versa.