Flamengo vence Al Hilal de virada e está na final do Mundial de Clubes

Rubro-Negro sai atrás no placar, mas vira com mais uma boa exibição de Bruno Henrique e Diego Ribas


Por Leandro Silveira para Agência Estado

17/12/2019 às 17h05- Atualizada 17/12/2019 às 17h09

esp flamengo1
Bruno Henrique e Gabriel Barbosa, do Flamengo, perseguem o ex-companheiro de clube, Gustavo Cuéllar (Foto: Twitter/Al Hilal)

O Flamengo está na final do Mundial de Clubes. Ainda que sem o brilho que caracterizou os seus melhores momentos nas conquistas da Copa Libertadores da América e do Campeonato Brasileiro, derrotou o Al Hilal por 3 a 1, de virada, com seus gols sendo marcados na etapa final, nesta terça-feira (17).

O adversário do Flamengo na final de sábado será conhecido nesta quarta-feira (18), a partir das 14h30, no duelo entre Liverpool e Monterrey. E a expectativa, claro, é para um novo confronto com o time inglês, como ocorreu em 1981, na decisão do Mundial Interclubes, com vitória do time carioca por 3 a 0.

Numa partida de domínio do primeiro tempo pelo Al Hilal, quando acabou sendo vazado, o destaque do Flamengo foi Bruno Henrique, autor do gol da virada e com participação direta nos outros dois da equipe, que teve baixa produção ofensiva, mas de eficiência ao conseguir aproveitar as oportunidades que teve.

O jogo

O início da partida em Doha foi ótimo para o Al Hilal. O time saudita trocava passes e impunha velocidade, com o Flamengo enfrentando dificuldades na marcação, que parecia atrasada, como se apenas corresse atrás do adversário. Até teve o primeiro lance de perigo, mas em uma jogada de bola parada após cobrança de escanteio, em que Gerson finalizou com categoria, mas para fora.

A resposta do Al Hilal foi imediata. Primeiro com uma chance clara perdida por Gomis, na sequência de rebote dado por Diego Alves após jogada individual de Al-Dawsari. E depois com o primeiro gol da partida. Aos 17, Giovinco acionou Al-Buryak na direita. Ele cruzou rasteiro para Al-Dawsari. No meio da área, livre, ele chutou, com a bola desviando em Pablo Marí e colocando o Al Hilal em vantagem.

O gol mudou o cenário da partida. O time asiático recuou, mas parecia confortável na partida diante de um Flamengo nervoso, algo exposto pelo lance do cartão amarelo de Bruno Henrique, por pisar em um adversário. A equipe carioca, por sua vez, até foi ao ataque, mas atuava em ritmo lento e errava passes, facilitando a marcação do adversário, que mal teve a sua meta ameaçada.

Mais intenso, mais gols
Disperso no primeiro tempo, o Flamengo enfim mostrou o seu melhor aos 3 minutos, em uma triangulação envolvendo os seus principais atacantes. Gabriel recebeu no meio e acionou Bruno Henrique em profundidade e na grande área. Ele rolou para Arrascaeta, que só empurrou a bola para o gol.

esp flamengo arrascaeta alexandre vidal
Arrascaeta empatou o jogo para o Flamengo no início do segundo tempo (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)

Foi a amostra de um Flamengo mais intenso, algo marcante nos melhores momentos do time na temporada. Mas embora até tenha conseguido exibir isso em alguma momentos da etapa final, com o time encontrando mais espaços do que no primeiro tempo, faltava brilho e velocidade.

O jogo, então, ficou travado, com o Al Hilal até se arriscando no ataque. Mas o Flamengo, que lançou Diego no lugar de Gerson, assim como havia feito na decisão da Libertadores, ajudando o time a ser mais vertical, acabou conseguindo a virada aos 32 minutos. Aproveitando os espaços dados pela defesa adversária, Diego acionou Rafinha, que cruzou para Bruno Henrique cabecear às redes: 2 a 1.

Com espaços, o time voltou a marcar aos 35. Dessa vez, Diego recebeu na entrada da área e tocou para Bruno Henrique na esquerda. Ele invadiu a área e fez o cruzamento para Gabigol, mas Al-Bulayhi interceptou e mandou contra as próprias redes. No fim, o peruano Carrillo ainda foi expulso por entrada dura em Arrascaeta.

Ficha técnica:

FLAMENGO 3 x 1 AL HILAL

FLAMENGO – Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí e Filipe Luís; Willian Arão, Gérson (Diego), Arrascaeta (Piris da Motta) e Everton Ribeiro; Bruno Henrique (Vitinho) e Gabriel. Técnico: Jorge Jesus.

AL HILAL – Abdullah Al Muaiouf; Mohamed Al Burayk, Hyunsoo Jang, Ali Albulayhi e Yasser Al Shahrani; Gustavo Cuéllar, Carlos Eduardo, Salem Aldawsari, André Carrillo e Sebastian Giovinco (Omar Kharbin); Bafetimbi Gomis. Técnico: Razvan Lucescu.

GOLS – Salem Aldawsari, aos 17 minutos do primeiro tempo. Arrascaeta, aos três, Bruno Henrique, aos 32, e Ali Albulayhi (contra), aos 35 minutos do tempo.

ÁRBITRO – Ismail Elfath (Estados Unidos).

CARTÕES AMARELOS – Bruno Henrique, Giovinco, Pablo Marí, Ali Albulayhi, Salem Aldawsari e Diego.

CARTÃO VERMELHO – André Carillo.

RENDA – Não disponível.

PÚBLICO – 21.588 pagantes.

LOCAL – Estádio Internacional Khalifa, em Doha (Catar).

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.