Nada mudou nos 519 anos do Brasil


Por Sérgio Lopes, jornalista e professor

13/09/2019 às 06h51

O Brasil foi colonizado por Portugal, as nossas riquezas foram levadas para a Europa, parte significativa da população brasileira vivia em condições precárias. Não havia moradias adequadas, não havia saneamento básico, sistema de saúde e educação eram insuficientes… Com o processo de independência do país, tanto dom Pedro I quanto dom Pedro II, no chamado período imperial, não conseguiram melhorias para a maior parte das pessoas. A Proclamação da República possibilitou desenvolvimento na vida dos brasileiros?

As oligarquias se revezaram no poder, administravam o Brasil com objetivo de atender os próprios interesses… Getúlio Vargas passou a comandar o país, devido à Revolução de 1930, e ficou até 1945. Vargas implantou a política de direitos sociais e trabalhistas. No período de 1946 até 1964, conhecido como Redemocratização, os presidentes eleitos buscaram apoio popular com medidas demagógicas. Contudo não cumpriram as promessas para melhorar as condições de trabalho, saúde, educação e transporte.

No período de 1964 até 1985, os militares conduziram a nação. Entre 1967 e 1973, os chamados anos do “milagre econômico”, o Brasil teve expansão do consumo interno, crescimento no setor industrial, abertura de novos postos no mercado formal de trabalho. Entretanto, ao mesmo tempo em que vagas de empregos eram elevadas, o valor médio do salário mínimo reduzia.

No período de 15 de março de 1985 até 15 de março de 1990, o governo de José Sarney foi marcado pelo alto índice de inflação e planos econômicos frustrados. Já no período de março de 1990 até os dias atuais, os presidentes eleitos democraticamente tentaram medidas para resolver os problemas enfrentados pela maioria da população. Porém nada mudou nos 519 anos do Brasil.

Parte significativa da população reclama da “qualidade do atendimento” e das “filas intermináveis” nos hospitais e nos postos de saúde. Há milhões de brasileiros desempregados, alto índice de violência e criminalidade, habitações precárias, poluição, falta de saneamento básico, desigualdade social… Por fim, pode ter ocorrido progresso nos últimos anos nas áreas sociais. Mas, infelizmente, ainda existem muitos problemas que afetam a vida das classes menos favorecidas social e economicamente.

Este espaço é livre para a circulação de ideias e a Tribuna respeita a pluralidade de opiniões. Os artigos para essa seção serão recebidos
por e-mail ([email protected]) e devem ter, no máximo, 40 linhas (de 70 caracteres) com identificação do autor e telefone de
contato. O envio da foto é facultativo e pode ser feito pelo mesmo endereço de e-mail.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.