Essa barra que é gostar do Raça Negra

Um dos mais populares grupos de pagode do país, com 36 anos de carreira, retorna a Juiz de Fora com show repleto de hits


Por Tribuna

27/06/2019 às 16h46- Atualizada 28/06/2019 às 18h16

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Veterano grupo de pagode se apresenta nesta sexta-feira no Terrazzo (Foto: Divulgação)

“Então me ajude a segurar / Essa barra que é gostar de você”. São com versos assim, de uma simplicidade e sinceridade profundas a respeito do amor, falando direto no coração do ser humano, com suas dores, alegrias e dissabores, conquistas e despedidas, que o Raça Negra se tornou um dos maiores nomes do pagode romântico no Brasil. Com 36 anos de carreira, 28 álbuns e cinco DVDs nas costas, totalizando a impressionante marca de 36 milhões de discos vendidos, que o grupo paulista retorna a Juiz de Fora para mais uma apresentação, que acontece nesta sexta-feira (28), às 21h (abertura da casa), no Terrazzo.

E não são poucos os sucessos que o grupo leva ao palco. No repertório, são constantes hits como “Cigana” (“Não deixe o tempo acabar com nosso amor / Eu faço tudo e o impossível e você não dá valor”), “Preciso desse amor”, “Deus me livre” (“Te amo mas não quero / nem te ouvir e nem te olhar / Por isso Deus me livre eu tenho medo de voltar”), “Preciso dar um tempo”, “É amor demais”, “Estou mal”, “Preciso desse amor” e, claro, “Cheia de manias”, em que “essa barra que é gostar de você” virou um dos memes mais populares da internet deste lado do Atlântico.

Nada mal para uma banda que ajudou a abrir espaço no dial das FMs com seu primeiro sucesso, “Caroline”, ainda na década de 80, e que era praticamente onipresente não apenas na frequência modulada, mas também nas estações de ondas médias (a nossa querida AM) – prova disso foi a entrada para o “Guinness Book” graças à música “É tarde demais”, que chegou a ter mais de 600 execuções radiofônicas em apenas um dia com a volta por cima do refrão “Hoje é você que está sofrendo amor / Hoje sou eu quem não te quer / O meu coração já tem um novo amor / Você pode fazer o que quiser”.

A trajetória vitoriosa do grupo foi celebrada em 2012 com o DVD “Raça Negra & Amigos”, com a presença de convidados como Alexandre Pires, Amado Batista e Michel Teló, entre outros. O repeteco do projeto veio em 2018, com diversas participações, entre elas de Wesley Safadão, Thiaguinho, Chitãozinho & Xororó. Outros lançamentos de destaque na última década foram “Gigantes do samba”, em 2014, ao lado do grupo Só Pra Contrariar, e “Rei do Baile”, de 2015, em que o Raça Negra gravou versões de sucessos de nomes como Nando Reis, Wando e O Rappa.

Figura que é sinônimo de Raça Negra para muitos fãs, o vocalista Luiz Carlos diz que o grupo está muito ansioso e feliz por retornar a Juiz de Fora, com certeza de que o público e banda terão uma grande noite. Sobre a experiência de quase quatro décadas reunidos, mesmo com algumas mudanças de formação, ele afirma tratar-se de algo “incrível”. “Nós mantemos a nossa essência, o nosso estilo, a nossa verdade, então acredito que seja por isso que a música ultrapassa tantas gerações. Somos muitos gratos por todos esses anos de carreira e, principalmente, pelo amor do nosso público. É preciso renovar, mas sem perder a sua essência musical, isso é muito importante. É muito bom ver desde idosos até as crianças cantando nossas canções”, afirma o cantor, que ainda cria um pouco de suspense quanto a futuros projetos. “Temos muitos planos e sonhos que ainda queremos conquistar. Logo, logo teremos muitas novidades para todos vocês.”

Raça Negra
Nesta sexta (28), às 21h (abertura da casa), no Terrazzo (Avenida Deusdedit Salgado 5.050)

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