O meio ambiente está gritando por socorro


Por Walber Gonçalves de Souza, Professor e escritor

23/05/2019 às 06h48

Vivemos a era da tecnologia, da informática… O mundo não se aquieta, as evoluções e revoluções ocorrem na velocidade da luz. Entretanto, até hoje, o ser humano ainda não conseguiu perceber a importância da natureza, que continuamente sofre as agressões e o repúdio egoísta dos seres racionais.

O ser humano lida de uma forma predatória e inconsequente com as questões ambientais. Praticamente em todo o processo de aglomeração de indivíduos, na maioria desorganizadamente, o grande malefício é depositado na natureza. Ela é obrigada a absorver toda e qualquer ação humana.

Em pleno século XXI, a discussão sobre a importância dos cuidados com o meio ambiente já deveria estar ultrapassada. Viver sustentavelmente deveria fazer parte da nossa rotina, mas infelizmente não é isso que vemos. Aos poucos, estamos poluindo tudo, dizimando nossa própria fonte de existência.

As águas que consumimos repletas de cloro, o ar, de diversos poluentes, na maioria tóxicos para a respiração humana, e as terras tornando-se inférteis ou contaminadas por agrotóxicos. E nós no meio disso tudo, vendo as coisas acontecerem, reclamando na maioria dos casos e inertes, como se os problemas também não fossem nossos.

A importância da natureza em nossas vidas é indizível, sem ela com certeza não existiria vida na Terra. Os humanos, acredito eu, entrariam em extinção. No equilíbrio ambiental encontra-se a perpetuação da vida, a manutenção da própria espécie com qualidade de vida.

Imaginemos um caso hipotético: como seria o planeta se, neste instante, por um toque de mágica, todos os humanos desaparecessem? Agora, pensemos o contrário, o que seria dos seres humanos se todos os animais e plantas, pelo mesmo toque de mágica, simplesmente sumissem? Acredito que o planeta não sentiria falta nossa, já o contrário não diria o mesmo. Ou você, que está lendo este texto, pensa diferente?

Claro que não quero ser fatalista, mas precisamos repensar nossa relação com as questões ambientais. Ter conforto proveniente das conquistas e avanços tecnológicos é algo que todos nós queremos, todavia torna-se urgente pensar em formas alternativas para continuar vivendo assim. Alimentar uma cadeia de consumismo que mais parece uma bomba-relógio planetária não deveria ser uma ação de um ser pensante, que se diz racional.

É um dever de todos nós, idosos, adultos, jovens e crianças, proteger a natureza. É preciso reverter esse quadro de insanidade ambiental. Precisamos assumir a responsabilidade e a consciência da transmissão, para outras gerações, de um mundo mais sadio, equilibrado, ou seja, de um mundo voltado para uma educação onde as crianças sintam o prazer e a necessidade da preservação do próprio planeta, nossa casa comum.

É preciso saber e querer cuidar da natureza, na mesma proporção que ela sabe cuidar de cada um de nós.

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