Empresário diz à CPI que preço e qualidade dos ônibus não têm relação

Por Paulo Cesar Magella

A CPI dos Ônibus instalada pela Câmara Municipal, no primeiro depoimento na sua última fase antes do relatório final, ouviu, nesta segunda-feira,  empresário Ricardo Mendanha, consultor em transportes, ex-presidente da BH Trans e diretor da empresa RuaViva, contratada pela Prefeitura de Juiz de Fora depois da licitação feita em 2016 para analisar o equilíbrio financeiro do funcionamento do Transporte Público local. Durante uma hora e meia, ele abordou várias questões sobre o sistema de transporte coletivo. Segundo ele, não há relação em Juiz de Fora entre o valor da tarifa e a qualidade do serviço. Se a qualidade não é boa, o preço não é o responsável, mas sim a fiscalização da Settra junto às empresas. Ele refutou a tese de que a tarifa é baixa e que, por isso, as empresas não teriam capacidade para cumprir o contrato e suas condicionantes.

Tarifa é para equilibrar o sistema

Ainda no seu depoimento, Mendanha destacou que o preço da tarifa é calculado para equilibrar o sistema e as empresas tinham conhecimento disso quando assinaram o contrato. Disse, ainda, que no atual modelo, a Settra deveria ser a responsável pela vistoria e emissão dos laudos sobre as condições dos veículos e não como é feito hoje em que as próprias empresas fazem esse serviço. Ainda sobre as condições dos ônibus, ele falou que a vida útil dos veículos deveria ser contada a partir do momento que eles começam a operar e não a partir do momento que são revestidos pelas carrocerias.

Falta fiscalização

Ricardo Mendanha disse que a atuação da sua empresa em Juiz de Fora serviu para reforçar a tese de que não há qualquer problema que impeça o funcionamento do transporte coletivo na cidade da forma como foi definido em licitação, desde que haja fiscalização atuante por parte da Prefeitura, o que, segundo ele,  não estaria acontecendo.

Paulo Cesar Magella

Paulo Cesar Magella

Sou da primeira geração da Tribuna, onde ingressei em 1981 - ano de fundação do jornal -, já tendo exercido as funções de editor de política, editor de economia, secretário de redação e, desde 1995, editor geral. Além de jornalista, sou bacharel em Direito e Filosofia. Também sou radialista Meus hobbies são leitura, gastronomia - não como frango, pasmem - esportes (Flamengo até morrer), encontro com amigos, de preferência nos botequins. E-mail: [email protected] [email protected]

A Tribuna de Minas não se responsabiliza por este conteúdo e pelas informações sobre os produtos/serviços promovidos nesta publicação.

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade pelo seu conteúdo é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir postagens que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.



Leia também