Gratuidade no transporte coletivo Ă© debatida em conferĂȘncia do idoso
Reforma da PrevidĂȘncia tambĂ©m foi um dos assuntos abordados em evento, que segue com programação nesta sexta
O primeiro dia de trabalho da 5ÂȘ ConferĂȘncia Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa, nessa quinta-feira (25), jĂĄ indicou algumas das demandas da população idosa de Juiz de Fora. O primeiro destaque vai para a participação nessa edição: 60% dos inscritos estĂŁo na terceira idade, ou seja, sĂŁo as pessoas que poderĂŁo receber, na prĂĄtica, o resultado do que for definido. As deliberaçÔes seguem os apontamentos do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa, que tem reuniĂ”es em todas as primeiras quartas-feiras do mĂȘs, na Casa dos Conselhos (Rua Halfeld,750, sĂ©timo andar). Os grupos dos eixos temĂĄticos, “Direitos Fundamentais na Construção/Efetivação das PolĂticas PĂșblicas”, “Educação: Assegurando Direitos e Emancipação Humana”, “Enfrentamento da Violação dos Direitos Humanos da Pessoa Idosa” e “Os Conselhos de Direitos: seu Papel na Efetivação do Controle Social na Geração e Implementação das PolĂticas PĂșblicas” voltam a se reunir nessa sexta-feira (26).
Entre os assuntos mais demandados nesses grupos, de acordo com a assistente social e conselheira do Conselho Estadual da Pessoa Idosa, Raphaela Receputi da Silva, estĂĄ a gratuidade do transporte pĂșblico. “Embora o estatuto preveja a gratuidade a partir dos 65 anos, hĂĄ um inciso que prevĂȘ que o municĂpio, por meio de legislação local, pode diminuir essa marca para os 60 anos. Essa ainda Ă© uma luta forte, que jĂĄ vem sendo deliberada em conferĂȘncias anteriores, tratada em dois eixos diferentes, e Ă© um ponto de grande interesse para a população idosa.” Outro assunto muito atual discutido no encontro Ă© a Reforma da PrevidĂȘncia, que estĂĄ inserida no eixo dos Direitos Fundamentais na Construção/ Efetivação das PolĂticas PĂșblicas, onde se busca levantar propostas.
A efetivação dos serviços sociais prestados pelo poder pĂșblico tambĂ©m Ă© alvo de sugestĂ”es e discussĂ”es dentro dos grupos de trabalho. “A atenção bĂĄsica prevĂȘ o atendimento domiciliar da pessoa idosa, o que precisa se tornar efetivo. Dentro dos serviços de acolhimento, tambĂ©m identificamos uma demanda muito grande para casas, lares e atĂ© para repĂșblicas que ainda nĂŁo existem em Juiz de Fora. AlĂ©m disso, hĂĄ uma necessidade de pensar em instituiçÔes de longa permanĂȘncia para os idosos e de fomentar iniciativas que trabalhem o empoderamento do idoso por meio da educação. TambĂ©m pensamos na proteção quando falamos de violaçÔes de direitos humanos e, por fim, dentro do eixo de controle social, pensamos as formas de trazer esse pĂșblico para discutir as polĂticas pĂșblicas, que de fato atendam aos anseios dele.” Ainda de acordo com Raphaela, a expectativa Ă© sair na frente, construindo meios de melhorar a qualidade de vida do cidadĂŁo na terceira idade, tendo em vista que Juiz de Fora Ă© a terceira cidade com mais de 500 mil habitantes em nĂșmero de idosos no paĂs.
O fato de ter tantos inscritos com mas de 60 anos Ă© tido como algo que contribui para a qualificação de todos esse trabalho. As propostas que tomarĂŁo forma durante a conferĂȘncia serĂŁo encaminhadas ao MinistĂ©rio PĂșblico e para a Prefeitura, sendo disponibilizadas para acompanhamento e cobrança, na pĂĄgina da PJF na aba dos conselhos. “Apesar de termos avanços nos espaços de controle social desde 1988, vimos com preocupação a suspensĂŁo do Conselho Nacional e de outros ĂłrgĂŁos colegiados, por meio da Lei 9.759, assinada pelo presidente no dia 11. Agora Ă© o momento para que a gente possa se fortalecer e manter esses espaços, pois sĂŁo eles que contribuem para a interlocução entre as demandas da sociedade civil e os governos municipal e estadual.”