Presidente da Santa Casa anuncia obras no hospital para este ano

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Segundo Renato Villela Loures, Santa Casa vai investir R$ 20 milhões em equipamentos e infraestrutura


Por Santa Casa

20/01/2019 às 07h00

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Renato Villela Loures, presidente da Santa Casa

Na contramão das instituições filantrópicas brasileiras, a Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora começa 2019 com dinheiro em caixa e com expectativa de investimentos em infraestrutura e equipamentos na ordem de R$ 20 milhões. O montante é resultado do trabalho realizado pela entidade para reverter as dificuldades financeiras vividas pelo setor nos últimos anos. “Vamos construir uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) com dez leitos, uma nova portaria para o hospital e reformar alguns setores da Santa Casa. Criamos ainda o Departamento de Inovação Tecnológica, que vai permitir à instituição desenvolver e acelerar startups ligadas à área de saúde”, comemora o presidente do hospital, Renato Villela Loures, um dos responsáveis pela mudança do cenário. “A nossa estratégia foi investir em consultorias para todos os setores: qualidade, contabilidade, processos e financeiro. Para este ano, estamos acertando parceiros para a consultoria em gestão do corpo clínico”, informou Loures.

Outra medida para sair do vermelho foi manter o déficit do Sistema Único de Saúde (SUS) abaixo do índice nacional, que hoje gira em torno de 60%. Atualmente, o déficit da entidade, segundo o presidente do hospital, está em 40%. “A Santa Casa de Juiz de Fora encontra-se em uma situação privilegiada, apesar de possuir o déficit. Com seus resultados operacionais positivos, estando em uma posição confortável, foi permitido realizar esse investimento. De 2015 a 2017, o Brasil passou por uma situação bastante difícil em termos financeiros e de atendimento dentro do setor filantrópico, e a Santa Casa não ficou imune a essas dificuldades. Em 2018, foi iniciada a fase de recuperação, que resultou, em 2019, nessas perspectivas extraordinárias”, destacou.

O clima de otimismo dentro do setor esbarra na euforia atual do mercado, que vislumbra a retomada do crescimento e do desenvolvimento do país. “Hoje há um clima de expectativa muito grande, de uma melhoria crescente nas condições financeiras, no desenvolvimento e aumento do PIB. Nós da Santa Casa também estamos vivendo esse momento de euforia, pois ele também irá nos beneficiar”, pontuou Loures, acrescentando que o setor de filantropia no país é responsável, hoje, por 50% dos atendimentos hospitalares do SUS e de 63% do atendimento de alta complexidade provenientes do SUS.

 

Pauta ao presidente
Antes da posse de Jair Bolsonaro (PSL), o presidente da Santa Casa juntamente com sua equipe entregaram ao presidente uma pauta de reivindicações ligada à melhoria da filantropia em todo o país. Conforme Renato, a pauta possui dois pontos essenciais: revisão do modelo de custeio e remuneração dos hospitais filantrópicos – o que resulta no déficit do SUS – e uma solução para o passivo financeiro das filantrópicas, devido ao subfinanciamento das operações do . “A entrega da nossa pauta foi vista com presteza em solucionar esses problemas, tanto pelo presidente como pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. O passivo financeiro das instituições filantrópicas, atualmente, é de R$ 21 bilhões”, informou.

A internação de Bolsonaro na Santa Casa, após levar uma facada no abdômen durante ato de campanha em Juiz de Fora, no dia 6 de setembro do ano passado, ajudou a estreitar o laço entre o presidente e o hospital. Inclusive, em agradecimento ao atendimento eficiente prestado pela equipe médica da instituição, 55 mil apoiadores de Bolsonaro doaram à Santa Casa R$ 1.350 milhão, valor que será investido na nova UTI. O projeto está sendo elaborado, e a obra terá início em breve, devendo ficar pronta ainda este ano.

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“A nossa estratégia foi investir em consultorias para todos os setores: qualidade, contabilidade, processos e financeiro”, Renato Villela Loures

A Santa Casa de Misericórdia é a terceira instituição mais antiga de Juiz de Fora, com mais de 160 anos de história e a maior da região da Zona da Mata em atendimento à saúde, sendo o segundo maior hospital filantrópico de Minas Gerais. Em 2018, a instituição prestou 87.743 atendimentos de urgência e emergência, e 19.393 internações, sendo 71% dos procedimentos destinados aos pacientes do SUS. Por ano, a entidade realiza cerca de dois mil nascimentos de bebês. O hospital possui hoje 2.250 colaboradores e 850 médicos prestadores de serviços. São 523 leitos, sendo 45 de UTI.

Nos últimos nove anos, a Santa Casa buscou investir no desenvolvimento de seus recursos humanos e em treinamentos, além de realizar investimentos em infraestrutura, que permitiram que o hospital fosse reconhecido em nível nacional pela qualidade dos seus atendimentos.

A Santa Casa é acreditada como hospital de excelência pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), a maior acreditação nacional em saúde, e certificada com a ISO 9001 versão 2015 por ter investido, também, na área da educação, sendo um hospital de ensino, ofertando vagas para residência em dez especialidades médicas – com 62 residentes -, além de estágio para alunos das faculdades de medicina da UFJF e da Unipac, num total de 280 acadêmicos.

A instituição ainda conquistou o título de Hospital Amigo da Criança, por ter o serviço referenciado de maternidade de alto risco e por ser comprometida com o melhor atendimento ao recém-nascido.

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