Eles ajudam na lata

PUBLIEDITORIAL

Campanha que arrecada lacres de alumínio para aquisição de equipamentos de acessibilidade destinou, neste ano, quatro cadeiras de rodas para as APAE’s de Juiz de Fora e Santos Dumont. Terceira edição na cidade da campanha idealizada pela Unimed do Brasil já começou com a expectativa de ultrapassar os 530 quilos apurados em 2018


Por Unimed Juiz de Fora

16/12/2018 às 07h00

 

Eles foram feitos para fechar, vedar, isolar, mas quando se misturam a palavras, como solidariedade, empatia e sustentabilidade ganham sentido completamente oposto ao original, abrindo um mundo de possibilidades para quem gosta de fazer o bem. Não é por menos que a campanha “Eu ajudo na lata” está falando fundo no coração da pequena Valentina Oliveira Neves Pilato, 7 anos, moradora de Benfica, que usa estrategicamente a padaria do avô, como ponto para mobilizar vizinhos, clientes, funcionários e a própria família para a arrecadação dos lacres. “É impressionante ver uma criança dessa idade assumir com tanta responsabilidade um compromisso assim”, conta comovido José Oliveira, que incentivou a neta desde o primeiro momento. “Quando eu disse que era para comprar cadeira de rodas para uma criança ou adulto que precisa, ela logo se entusiasmou”, lembra.

Valentina o avô e a mãe
Para além dos sonhos: proprietário da Padaria Progresso há 30 anos, José Oliveira, e a filha, Lidiane de Oliveira, incentivam a pequena Valentina na arrecadação de lacres (Foto: Carolina Milani)

Para a mãe, Lidiane de Oliveira, o incentivo que todos têm oferecido à filha, recolhendo os lacres, é a melhor forma de educar uma criança para a cidadania. “É a bagagem que podemos passar para ela. Olhar para as pessoas de uma forma mais caridosa e humana. O mundo está tão violento, que não devemos deixar de praticar o amor ao próximo, sensibilizando os pequenos para a ação. Também meu outro filho, Enzo, de três anos, já está entrando na onda”. Cliente da Unimed, empresa que realiza a campanha “Eu ajudo na lata”, em Juiz de Fora, Oliveira ressalta que a cooperativa foi muito feliz em propor essa iniciativa tão simples, mas de tanto alcance social.

Centro Educacional Laranjeiras
Os alunos e professoras do Centro Educacional Laranjeiras encontram na amiga Mariah Dazini inspiração que reforça lições de inclusão (Foto: Gal Oliveira)

É o que também acreditam as professoras do terceiro ano do Ensino Fundamental do Centro Educacional Laranjeiras, Ana Cláudia Pires Andrade e Rita de Cássia Moreira Rodrigues. Ao levarem a sugestão para a sala de aula, os 15 alunos logo se mobilizaram, até porque convivem com a amiga Mariah Xavier Dazini, que tem necessidade de usar equipamentos para locomoção e estava mesmo precisando de uma cadeira de rodas. Como a iniciativa da Unimed é voltada para o apoio a instituições e não para doações individuais, a família da menina conseguiu comprar o equipamento com a ajuda de uma “vaquinha” online. “Uma coisa puxou a outra”, explica Rita. “Todo esse movimento contribuiu para aumentar o desejo de ajudar ainda mais pessoas. Não é por menos que agora toda a escola está envolvida com a campanha”, acrescenta Ana Cláudia.

Foi graças a atitudes de pessoas, como Valentina, das professoras e dos alunos do Centro Educacional Laranjeiras, de funcionários da Unimed e de centenas de outros que, diariamente, depositam sua colaboração nas unidades de coleta que, neste ano, as APAE’s de Juiz de Fora e Santos Dumont receberam duas cadeiras de rodas cada uma, resultantes da arrecadação de 530 quilos de lacres na segunda edição da campanha. O volume é bem mais que o dobro do recolhido na primeira edição concluída em 2017 e que permitiu a doação de uma cadeira de rodas, um andador e um par de muletas para o Abrigo Santa Helena.

Empresas usam campanha para envolver colaboradores em ações internas

Coordenadora da campanha “Eu ajudo na lata”, a jornalista Cláudia Gentile Fonseca acredita que a simplicidade seja o ponto forte da iniciativa que acaba de entrar em sua terceira edição. “A expectativa é a melhor possível para o fechamento em 2019, porque as pessoas estão vendo o retorno do esforço que fazem”, observa a colaboradora da Unimed Juiz de Fora. Tanto que, além de pessoas físicas, também empresas estão aderindo à proposta e utilizando a campanha para ações internas.

É o caso da Thomson Reuters que aproveitou o embalo da Copa do Mundo de futebol e deu o pontapé na gincana “Copa Lacre” em cinco unidades que mantém em diferentes regiões do país. A iniciativa partiu de uma funcionária que já conhecia o trabalho da Unimed em Juiz de Fora. Encerrada em outubro, a ação premiou os escritórios de Juiz de Fora, São Paulo e Campinas que cumpriram a meta de arrecadação. “A campanha movimentou mais de 1.800 colaboradores e, neste período, foram arrecadados 32.500 lacres, distribuídos em 130 garrafas pet de 2 litros”, explica a vice-presidente de Recursos Humanos da Thomson Reuters América Latina, Andrea Ziravello Elias. O montante foi entregue às cooperativas das respectivas cidades.

Copa Lacre Thomson Reuters
Funcionários da Thomson Reuters fizeram da campanha meta de gincana que mobilizou cinco escritórios do Brasil (Foto: Divulgação)

“Esta campanha fortalece a importância de preservação do meio ambiente, por meio da conscientização do descarte correto e consciente do lixo, bem como as vantagens do seu reaproveitamento. A Thomson Reuters tem um compromisso firmado com a ONU em relação ao cumprimento do programa de 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Por isso, a cada trimestre, são propostas iniciativas relacionadas a umODS específico”, completa a vice-presidente de RH.

Anna sobrinha Jacqueline
Anna enche de orgulho a tia Jacqueline que é colaboradora da Unimed (Foto: Divulgação)

E em se tratando de fazer o bem, a Unimed Juiz de Fora mostra que santo de casa também faz milagre e não são poucos os colaboradores que participam ativamente da “Eu ajudo na lata”. Engajada, a assistente de Liberação, Jacqueline França, ressalta ser muito motivador trabalhar em uma empresa que pratica e estimula a solidariedade. “É uma grande alegria também ver minha sobrinha, Anna Silva Carchedi, de 6 anos, tão empenhada em ajudar. É demais”.

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