E viva a criação!
Confesso que foi meio estranho não participar. Mas, de outra forma, foi interessantíssimo estar diretamente envolvido nos bastidores do Prêmio de Criação Juracy Neves.
Confesso que foi meio estranho não participar. Mas, de outra forma, foi interessantíssimo estar diretamente envolvido nos bastidores do Prêmio de Criação Juracy
Neves. Como nossa agência atende o Grupo Solar de Comunicação, a ética (e o bom senso) não permitiu – obviamente – que pudéssemos inscrever peças. Mas o trabalho para criar e fazer acontecer este reconhecimento ao mercado foi um prêmio para mim (de verdade… não é papo para atenuar dor de cotovelo rsrsrsrsrsrs).
Desde a concepção até a divulgação, é uma emoção constante. Contatar e definir os jurados. Aproveito para explicar o que várias pessoas me perguntaram. Por que jurados de fora? Dois motivos básicos. 1- Isenção garantida. Eles julgam sem fazer ideia de quem é a peça que estão avaliando. Não há nem influência inconsciente nas escolhas. Motivo 2 – Visão de mercado nacional para julgar com olhar exigente nosso mercado local. Eles foram escolhidos a dedo nos grandes centros da propaganda nacional – e, como a propaganda brasileira é uma das melhores do mundo… – São Paulo, Rio e BH. Respectivamente Hugo Luquetti, da Almap/BBDO, Luís Cláudio Salvestroni, da Z+ que presidiu o júri, e Marcia Lima, da LápisRaro.
Foi pedido sarrafo alto. O prêmio segue o padrão dos grandes eventos de criação, contemplando as peças com ouro, prata ou bronze. Não tivemos Grand Prix, que é o reconhecimento máximo para uma peça perfeita – ou bem próxima disso.
Vivemos tempos difíceis. Economicamente, anos de recessão e crescimento pífios que não atendem a demanda de um mercado jovem em pleno momento máximo
de sua curva demográfica. A publicidade sofre com isso. Prêmios de criação como o Juracy Neves (aliás, uma justíssima homenagem ao fundador do Grupo!) são a
comprovação e o reconhecimento do papel não só criativo dos profissionais da indústria de propaganda, mas de equipes qualificadas e multidisciplinares muitas vezes não reconhecidas em mercados menores e regionais porém extremamente valorizadas em mercados com grande competitividade e profissionalismo. O tripé que faz o mercado girar está baseado em Anunciante – Veículos – Agência. Se uma dessas bases fraquejar, a engrenagem não gira legal.
Novos tempos econômicos virão. Finalmente uma economia de livre mercado está surgindo e com ela, grandes perspectivas ao se colocar a atuação do Estado onde ele deve ficar. E com o tamanho suficiente que precisa ter para não dragar, como um impiedoso buraco negro, as riquezas geradas por quem trabalha de verdade para o país.
Novos meios e recursos para veiculação brotam a cada segundo. Os desafios de mídia são enormes. O marketing digital é um universo em expansão exponencial. Os veículos clássicos continuam sendo o porto seguro para buscar credibilidade e associar marca, produto ou serviço e, claro, visibilidade.
Algo evolui, mas não perde a essência e importância em meio a tantas variáveis: A capacidade de gerar peças e conceitos criativos, com planejamento e estratégia,
para que a marca, produto ou serviço se destaque, agregue valor, cresça e transforme realidades. Contribuindo para o desenvolvimento do Brasil, gerando postos
de trabalhos, oportunidades, valorização profissional e prosperidade. Do país e de Juiz de Fora. Que, como vimos, tem grande capacidade criativa para responder
às demandas das nossas empresas. O Prêmio de Criação Juracy Neves provou isso. E, para ser grande, não é preciso estar em grandes centros. Basta pensar – e AGIR
– grande.
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