Sucessão em Minas tem pelo menos dois cenários

Por Paulo Cesar Magella

Tudo indefinido

Desde a última quarta-feira, a cidade está sendo dirigida pelo médico Antônio Almas, vice-prefeito, em razão das férias do titular Bruno Siqueira, por um período de dez dias. Seria uma transição tranquila não fossem as especulações. Normalmente, Bruno tira férias em outro período, sendo este o primeiro janeiro. Até aí, porém, continua sem novidade, mas o que já se fala é que ele vai aproveitar o período fora das atividades normais do gabinete para transitar pelos bastidores da política e avaliar os cenários que estão postos em torno das candidaturas. Com seu nome nas listas de pré-candidatos ao Senado, ele ainda segue indeciso, mas não está sozinho. Quem disser que sabe o que está acontecendo está desinformado ou age com má intenção.

Cenários em Minas

Em Belo Horizonte, há pelo menos dois cenários. O primeiro deles é o governador Fernando Pimentel buscar a reeleição e dar ao MDB a chance de indicar o vice-governador. A escolha, porém, não seria automática em torno do deputado Adalclever Lopes, embora seja ele o nome mais cotado, pois, ao lado do deputado federal Fábio Ramalho (Fabinho Liderança), é um dos fiadores da aliança com o PT. Mas ele pode tentar o Senado, dependendo do rumo da pré-campanha, e indicar um nome de interesse de seu grupo político para ser o companheiro de chapa do governador. Esse personagem, porém, ainda não saiu, sequer, do papel.

Com Anastasia

O grupo que defende a candidatura própria ainda vai insistir com o deputado Rodrigo Pacheco, mas este tem limite de prazo. Em março, abre-se a janela partidária e é a única chance de ele buscar outra legenda, de preferência o DEM, para levar adiante o seu projeto. Pacheco também seria o plano B de outras legendas, inclusive o PSDB, mas não quer fazer essa associação agora, sobretudo pelo desgaste do senador Aécio Neves. Suas conversas têm sido com o senador Antonio Anastasia, que, pelo menos até agora, tem resistido à pressão para ser o candidato do PSDB.

Cenário II

O segundo cenário é o mais improvável, embora em política tudo seja possível. O governador Fernando Pimentel desistiria da reeleição e se lançaria ao Senado. Dessa forma, sua mulher, Carolina Oliveira, também poderia disputar uma vaga na Câmara dos Deputados, o que é impedido se Pimentel buscar a reeleição. Nesse caso, os demais atores políticos iriam se digladiar para ganhar a indicação. Uma das possibilidades mais prováveis seria uma composição com o prefeito de Belo Horizonte. Com Pimentel disputando o Senado, Alexandre Kalil, do PHS, seria o nome mais provável. Um ano depois da posse, ele continua com aprovação em alta na capital, em função do seu modo pouco convencional de governar. O PT indicaria o vice, e o nome mais provável seria o do ex-presidente do diretório estadual Reginaldo Lopes.

Paulo Cesar Magella

Paulo Cesar Magella

Sou da primeira geração da Tribuna, onde ingressei em 1981 - ano de fundação do jornal -, já tendo exercido as funções de editor de política, editor de economia, secretário de redação e, desde 1995, editor geral. Além de jornalista, sou bacharel em Direito e Filosofia. Também sou radialista Meus hobbies são leitura, gastronomia - não como frango, pasmem - esportes (Flamengo até morrer), encontro com amigos, de preferência nos botequins. E-mail: [email protected] [email protected]

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