Dezembro Laranja tem dia de exames gratuitos em JF
Mês é de conscientização para prevenir o câncer de pele
Nem o tempo nublado na manhã deste sábado (2) desanimou a dona de casa Zilda Aparecida Moreira, 74 anos, a percorrer mais de 140 quilômetros que separam a cidade de Prados de Juiz de Fora. Ela veio a cidade exclusivamente para realizar os exames gratuitos oferecidos no Dia de Atendimento e Esclarecimentos à População Sobre o Câncer de Pele. Voltou para casa satisfeita com o atendimento e orientada a redobrar os cuidados com a pele.
A campanha, uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), aconteceu, em Juiz de Fora, simultaneamente no Hospital Universitário (HU) e na Maternidade Therezinha de Jesus. A meta dos coordenadores era atender, pelo menos, 300 pessoas em cada unidade no dia. Até o final da manhã, o número de beneficiados chegava perto de 200. O atendimento foi realizado até as 15h.
A professora Shirley Gamonal, coordenadora da campanha da SBD a nível local, explica que a primeira ação de prevenção contra o câncer de pele aconteceu em 1996, mas a denominação de Dezembro Laranja foi implementada em 2015. Segundo ela, todo primeiro final de semana de dezembro, tradicionalmente no sábado, é realizada a mobilização contra a doença, através da realização de exames gratuitos.
Conforme a professora, se o paciente consultado durante o mutirão apresentar alguma lesão suspeita ou que demande tratamento, é remarcada outra consulta no HU ou na maternidade. Quando o caso exige acompanhamento de longo prazo, mas sem lesão suspeita, a orientação é agendar atendimento nos ambulatórios especializados, disponíveis nos dois serviços. “É uma oportunidade, porque 30% dos tumores malignos da população brasileira são câncer de pele”, explica.
Um dos objetivos da campanha é a detecção precoce. Por isso, a orientação da especialista é para que pessoas que trabalham expostas ao sol e esportistas devem, pelo menos uma vez ao ano, fazer uma consulta. Dentre os três tipos de câncer, ela cita o melanoma, maligno, presente em cerca de 5% dos casos, que pode evoluir para metástase e pode matar.