Gás de cozinha deve ter novo aumento
O consumidor deve preparar o bolso pois terá que pagar mais caro pelo botijão de gás de 13 kg a partir deste mês. A Petrobras anunciou um reajuste nos preços de 6,7% nas refinarias. O preço final deve ficar entre R$ 3 a R$ 5 mais caro, de acordo com a Associação Brasileira dos Revendedores de GLP ASMIRG-BR. Os novos valores já estão sendo praticados pelas distribuidoras em Juiz de Fora. No Atacado do Gás, segundo o proprietário Eduardo Camilo, a tendência é de que os preços se mantenham só até segunda-feira. “Vamos segurar o preço antigo porque temos estoque. Mas depois, vou ter que repassar o valor integral do reajuste. Por enquanto, por causa da concorrência, preferimos diminuir a margem de lucro para continuarmos vendendo”, ressalta.
No entanto, este não será o único aumento para o consumidor, pois, a partir de agora, os reajustes serão mensais. Segundo comunicado da Petrobras, o preço final às distribuidoras será formado pela média mensal das cotações do butano e do propano no mercado europeu, convertida em reais pela média diária das cotações de venda do dólar, acrescida de uma margem de 5%. As correções de preços terão vigência a partir do dia 5 de cada mês. A exceção será este mês de junho, quando o ajuste de preços passou a ser praticado nas vendas às distribuidoras realizadas a partir desta quinta-feira (8).
Para o presidente da Associação Brasileira dos Revendedores de GLP, Alexandre Borjaili, com os constantes reajustes, o gás de cozinha vai se tornar um artigo de luxo, pois as revendas atuam no seu limite, quase que sem margem de lucro, e o consumidor final será o mais penalizado. “A Petrobras ignora as nossas propostas para a realização de uma nova política de preço do GLP e sai atropelando o setor, ignorando seu papel. A Petrobras, por anos, explorou com exclusividade o gás e, agora, segue preços internacionais, com reajustes mensais. O gás é um produto de utilidade pública. Nossos veículos, até podemos encostar numa garagem, mas um fogão não tem jeito”, reclama Borjaili, lembrando que a nova política anunciada não se aplica ao GLP destinado a uso industrial e comercial.
Para o proprietário do Atacado do Gás, Eduardo Camilo, com a política adotada pela Petrobras, os revendedores de gás vão ficar nas mãos dos distribuidores, pois quando houver reajuste será repassado de imediato aos revendedores e chegará ao consumidor final. No entanto, quando houver uma queda no preço do produto, essa redução não chegará. “Acontecerá o mesmo que acontece com o preço da gasolina, hoje. Quando as distribuidoras comprarem o produto por um preço menor, essa diferença dificilmente será repassada para o consumidor final, mas o aumento, sim”, acredita.