É hora de o Brasil avançar
“O Congresso Nacional não pode fugir de suas atribuições; deve debater, aperfeiçoar e votar com responsabilidade, dando a resposta que a sociedade espera”
Estamos alcançando o fim de fevereiro, e é chegada a hora de trabalharmos firmes no melhor desempenho de nossas funções para fazermos de 2017/2018 um biênio muito melhor para o Brasil do que foi 2015/2016. Cada cidadão deve imbuir-se de suas responsabilidades, refletir e concluir sobre sua atuação para agir com determinação e fazer seu melhor em todos os dias destes dois anos. Os obstáculos são muitos, e por isso precisamos de um ótimo desempenho. No setor privado, a ação proativa de trabalhadores, comerciantes, empreendedores e prestadores de serviços deve produzir relações de consumo harmoniosas que levem à oferta de produtos com qualidade satisfatória. Por outro lado, o setor público, em suas mais diversas áreas de atuação, precisa encontrar os caminhos a serem percorridos para retribuir com dignidade os impostos pagos pela sociedade, prestando serviços públicos de boa qualidade.
A responsabilidade dos governos municipais, estaduais e federal sobre a prestação de assistência à saúde e a oportunidade de educação de qualidade aos mais necessitados não podem sair da cabeça de gestores e demais servidores destas áreas um dia sequer. O ponto mais delicado é a segurança pública, um dever do Estado e um direito de todos. As falhas são inúmeras: começam no pequeno número de policiais militares nas ruas e aglomerações, passam pelo “prende e solta” dos infratores, pela demora na conclusão judicial de processos criminais, e terminam com as distorções nas execuções penais, o que acontece na maioria dos presídios, que, na prática, não produzem a mínima reeducação dos detentos para que possam ser reinseridos na formalidade do mercado de trabalho. É imperativo refletir e adotar medidas que tragam melhores resultados para os infratores e principalmente para a segurança de todos. Os políticos de um modo geral e os legisladores em especial precisam estar atentos ao chamamento de mudança, atentos ao clamor da sociedade.
O Congresso Nacional não pode fugir de suas atribuições; deve debater, aperfeiçoar e votar com responsabilidade, dando a resposta que a sociedade espera. Encontrar o equilíbrio na redação das importantes matérias que compõem a agenda de 2017 é o ponto fundamental; facilitar a relação entre trabalhadores e empregadores, tornando-a clara e objetiva, é um avanço; dar à reforma da Previdência o equacionamento financeiro necessário para garantir, da maneira mais justa possível, a renda dos futuros aposentados é missão que exigirá muito diálogo e senso de justiça. Além disso, o Congresso precisará estar atento aos outros temas que possam melhorar o ambiente de negócios para acelerar a retomada das atividades econômicas, pois é aí que reside a esperança de mais de 12 milhões de brasileiros que estão sem um trabalho seguro. Muito contribui também se o Banco Central acelerar a queda dos juros, atualmente em 12,25%, pois nada justifica o Brasil praticar a maior taxa de juros reais do mundo!