Cemig finaliza trabalho de religamento de energia após chuva de terça
Foram encerrados no fim do dia desta quinta-feira (29) todos os trabalhos de religamento da rede elétrica para consumidores que tiveram o fornecimento paralisado em função do temporal que caiu sobre Juiz de Fora na noite de terça-feira. Conforme a Cemig, no fim da tarde de ontem havia apenas chamados pontuais no sistema da concessionária de energia.
Na terça, após a chuva, cerca de 34 mil usuários ficaram sem luz. Ainda de acordo com a empresa, a maioria dos clientes tiveram os chamados solucionados em cerca de duas horas. Na tarde de quarta, cerca de 20 horas após a tempestade, 4.300 consumidores ainda estavam sem energia elétrica em suas casas. Ontem, outros 872 usuários ainda aguardavam atendimento.
Além dos ventos, que provocaram a queda de árvores, galhos, projeção de telhas e telhados sobre a rede elétrica, causando quebra de postes e diversos rompimentos de cabos, o grande volume de consumidores desabastecidos foi devido ao número de raios que caíram na cidade. Segundo aferição da Cemig, foram 1.359 em um período de duas horas, número que correspondeu a 60% dos relâmpagos esperados para todo o mês.
Na estação meteorológica utilizada pela concessionária de energia, houve registro de 46,6 milímetros de chuva e ventos de cerca de 70 km/h. No Campus da UFJF, o volume de chuva foi parecido, com 43,6 milímetros, mas a velocidade chegou a atingir 98,6 km/h. Conforme levantamento da Tribuna, a velocidade foi a maior alcançada em pelo menos 35 anos na cidade. Para se ter ideia, tal intensidade é considerada de grau 10, conforme a Escala Beaufort, que mede os efeitos dos ventos. O grau máximo, 12, já é furacão, e representa rajadas superiores a 118 km/h. O grau 11, tempestade violenta, é dado a eventos entre 103 e 117 km/h.
Mananciais cheios
Se, por um lado, as chuvas causaram vários estragos, por outro representam alívio quanto ao abastecimento de água. A Represa São Pedro, a menor das três em operação na cidade, estava 97,9% preenchida nesta quinta. Os engenheiros da Cesama acompanham de perto a situação e efetuam manobras operacionais, como descargas, para impedir que ela transborde. João Penido está 81,5% cheia e Chapéu D’Uvas, 11 vezes maior que ela, 68,7%.
A previsão é de mais pancadas de chuvas nos próximos dias. Mesmo assim, o céu vai permanecer claro grande parte do dia, com temperaturas em elevação. Nesta sexta o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê máxima de 31 graus. Nesta quinta fez 30.