Em sua peregrinação terrena, iniciada na manjedoura e finda no madeiro infame, Jesus nos legou a Boa Nova. As palavras do Grande Renovador jamais apresentaram qualquer traço de violência; elas foram e serão sempre evocações de elevação espiritual marchetadas com ensinos de paz entre os homens e amor ao próximo.
Enquanto as sociedades punem os menos afortunados, desprezam os pobres, excomungam os avarentos, condenam os pecadores, hostilizam os mais ricos e abandonam os doentes, Jesus, através de suas mãos e seus exemplos, derrama para todos os interessados energias fluídicas capazes de extinguir as maldades do mundo, que resultam do egoísmo e da vaidade de cada um de nós.
Buscando por toda a história da humanidade, vamos descobrir, para a decepção de alguns renitentes, que ninguém, nenhuma cabeça pensante ou genial, trouxe melhor orientação que Jesus, para que todos nós possamos gozar da mais ampla e real liberdade. Por isso, também foi taxativo na afirmação: “Conhecereis a verdade, e ela vos libertará” (João 8:32). Todos os encarnados, prisioneiros dos vícios, cercados por um mundo de mentiras, falsidades e desilusões, quando tocados pelas educativas lições do Jovem Carpinteiro, entram de mergulho em um novo mundo. O sentimento renovador e de eternidade abre o cárcere onde o espírito humano se encontra, e, assim, o descobridor da Boa Nova enche-se integralmente de plenitude de viver, libertando-se dos sonhos frágeis de uma vida instável, inconstante e efêmera.
Sem qualquer radicalismo fanático, os ensinos do Cristo libertam o homem do medo da morte, apresentando a vida eterna, corrigindo os exageros da vida material, educando sobre os abatimentos morais e espirituais, suprimindo as revoltas, filhas da incompreensão. A verdade do Cristo liberta o homem, porque o corrige, educa e redime.
Jesus trouxe consigo a mensagem da verdadeira fraternidade e a revelou em sua passagem vitoriosa do berço de palha na estrebaria ao madeiro sanguinolento, vencendo a morte física ao renascer em Espírito e Verdade. E fez sua voz ecoar na Terra por todo o sempre, estendendo-a em ecos de amor ao próximo e paz na Terra aos homens de boa vontade.
De posse desses conhecimentos, façamos deste Natal o Natal do Homem Novo, com imperativo da Boa Vontade, caminhando de mãos dadas com Cristo, o sublime aniversariante, para o esplendor de um novo ano.