BEM COBIÇADO


Por Tribuna

28/10/2016 às 07h00- Atualizada 28/10/2016 às 08h47

Levantamentos apresentados pelas próprias autoridades de segurança pública indicam que o celular tornou-se o bem mais cobiçado pelos ladrões, e o resultado pode ser visto nas estatísticas tendo o Centro da cidade como destaque. Cerca de 200 aparelhos foram levados no primeiro semestre do ano, algo até, há bem pouco tempo, impensável. Por ser de fácil comercialização, o aparelho lidera as estatísticas, a despeito, até mesmo, de campanhas como as que foram deflagradas pela Polícia Militar nos últimos dias, especialmente na conhecida área crítica. Os policiais distribuíram panfletos orientando a população sobre como lidar com o celular sem despertar a cobiça dos ladrões. Mesmo assim, no mesmo dia e ontem, novas ocorrências foram registradas.

Os bandidos de rua, que, em muitas vezes, são apenas homens de campo dos verdadeiros líderes, não arrefeceram o seu ânimo, mantendo a rotina de ir à busca de novas presas. Por isso, além do papel do Estado em zelar pelo ir e vir da população e o direito de se sentir segura em casa, é preciso também que os usuários façam a sua parte. É comum ver adolescentes e jovens – os principais alvos – postando mensagens andando pelas ruas sem prestar atenção ao seu entorno. Alguns vão além, cruzando ruas e avenidas sem a menor preocupação. É preciso mudar.

Durante a campanha eleitoral, sobretudo para a Câmara Municipal, vários candidatos apresentaram a pauta da segurança, numa clara demonstração da importância do tema. Aliás, em pesquisas, as rubricas saúde e segurança estão no topo da lista. Deste modo, quando tomarem posse, no dia 1º de janeiro de 2017, os eleitos já devem discutir os seus projetos com os pares, embora a responsabilidade primária seja da União e dos estados.

No caso de Juiz de Fora, há vários pontos a serem colocados em pauta, mas o crescimento de crimes consumados contra a vida e roubos – em vez do furto – confirmam as estatísticas, pois, além de todos os fatores, a crise econômica, que parece não ter fim, tornou-se forte indutora da violência que ora marca a rotina das ruas.

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