Painel 25-09-2016

Por Tribuna

Inimigo ao lado

A disputa por uma vaga na Câmara é um capítulo à parte. Antes das convenções, os políticos são aliados e buscam chapas consistentes para registrarem suas candidaturas. Não foi à toa que várias legendas se coligaram e formaram grupos fortes. Mas, na hora da campanha, sobretudo na reta final, o inimigo mora ao lado, já que serão eleitos os mais votados dentro da coligação, desde que esta alcance o quociente eleitoral. Na Câmara, em que vários vereadores estão abrigados na mesma legenda, como PSC e PMDB, a discussão nos bastidores é sobre quem voltará para a próxima legislatura, embora haja convencimento de que dificilmente um só partido vá conseguir eleger mais de três candidatos. Com uma projeção preocupante de 50% de mudança, as conversas têm girado em torno desse tema, o que faz com que todos busquem nas ruas o apoio de última hora.

Sola do sapato

E é por causa disso que as reuniões ordinárias de setembro tendem a ser de curta duração e com pouco quórum esta semana, já que os vereadores irão para campo buscar voto. Uma reunião, por mais rápida que seja, toma tempo. Vale o mesmo para as audiências públicas. Se nos outros meses são feitas no mínimo quatro, neste, foram marcadas somente duas. E a primeira micou por falta de presença não só de vereadores mas de convidados. A próxima, dia 28, está sob risco, embora seja relevante, pois trata-se das metas fiscais definidas pela Lei de Diretrizes Orçamentárias, exigidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Enfrentamento

Os candidatos a prefeito, que já se encontraram em vários eventos para apresentar suas ideias, ainda vão se defrontar esta semana em novos debates. No dia 27, no Ritz, irão se apresentar aos empresários; no dia 29, entre 10h e meio-dia, participarão do debate promovido pela Rádio CBN e Tribuna, no Independência Trade Center. À noite, será a vez do único debate na TV, no caso, a Integração. Neste evento, há um dado que pode mudar até a tática de discussão: todos já saberão o resultado da última pesquisa do Ibope antes do pleito, a ser divulgado no mesmo dia.

Referência do eleitor

O Ibope é a referência principal dos candidatos, uma vez que, por sua divulgação pública e histórico de credibilidade, acaba influenciando o voto, sobretudo dos indecisos. Mesmo assim, os comitês têm feito pesquisas próprias, para monitorar a performance dos candidatos e a relação com os concorrentes. Sem autorização para serem publicadas, pois não estão registradas na Justiça Eleitoral, algumas delas apresentam resultados que chamam a atenção, sobretudo nas posições intermediárias, em que há divergência entre as amostragens. O que se diz é que a ordem de chegada poderá sofrer alteração até domingo, quando o eleitor irá às urnas.

Eduardo Maia

Eduardo Maia

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