INVERSÃO DE VALORES
É fato a influência econômica no aumento dos crimes contra o patrimônio, da mesma forma que é possível imputá-los ao viés social, que ainda está longe do ideal, mas é necessário estabelecer que os autores de furtos e roubos são criminosos, sobretudo quando se valem da violência para alcançar seu intento. Nas últimas horas, a cidade registrou ocorrências preocupantes como os arrastões em farmácias e as agressões, como foi o caso de uma jovem, na Avenida Brasil, e de um idoso, no Parque Guarani.
Por conta disso, são fundamentais a identificação e a prisão desses personagens, a fim de dar aos demais a tranquilidade para, sobretudo, trabalhar. Um comércio aberto, a partir de determinado horário, tornou-se um risco, da mesma forma que andar por determinadas ruas da cidade, como se fossem eles – os ladrões -, e não o cidadão comum, os personagens com o direito de ir e vir assegurado pela Constituição Federal.
Na semana passada, a Tribuna apontou o aumento dos casos de roubos de celulares. A recomendação é de que os jovens, as principais vítimas, deixassem de exibir os aparelhos, o que é necessário para a sua segurança, mas um contrassenso se for visto pelo lado lógico. Não é o dono do aparelho que carece de tomar cuidado, e sim o Estado, que precisa garantir-lhe esse direito, tirando das ruas os autores de tais crimes. Há, em curso, uma inversão de valores.