Aliança incômoda
PT e PMDB vivem uma situação atípica, própria da confusa legislação eleitoral brasileira. Em Brasília, andaram juntos por 13 anos, com um desfecho traumático, concretizado na última quinta-feira. No estado, o governador Fernando Pimentel, do Partido dos Trabalhadores, vive situação semelhante à da presidente Dilma Rousseff. Tem o vice do PMDB e está às voltas com o Ministério Público, mas, ao contrário da presidente afastada, recebeu gestos solidários dos 13 deputados peemedebistas, entre eles, Isauro Calais. Em Juiz de Fora, há o distanciamento, embora o prefeito peemedebista Bruno Siqueira não possa se queixar da deputada Margarida Salomão, que sempre foi prestativa nas questões da cidade.
Tem candidato
Ao participar do Pequeno Expediente, quadro de entrevistas da CBN apresentado pelos repórteres Luciane Faquini e Renato Salles, da Tribuna, o presidente do diretório municipal do PT, Giliardi Tenório, deu a senha: o partido terá candidatura própria na eleição municipal, mas não deu garantias de que a chapa será encabeçada pela deputada Margarida Salomão, embora não haja apostas em outro nome, e descartou qualquer aliança com o PMDB, cuja meta é a reeleição do prefeito Bruno Siqueira. “A forma como lidamos com o PMDB ganhou forma nacional, o que indica que estávamos certos”, acentuou.
Bom histórico
O dirigente petista não crê em desgaste da legenda ante os episódios nacionais. Ele lembrou que a ascensão do PT começou com o histórico de boas administrações municipais. Tal assertiva, aliás, serviu para colocar em pauta o nome do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. Para Giliardi, mesmo sendo o ex-presidente Lula a principal aposta para 2018, o prefeito da maior cidade do país é um nome a ser levado em conta pelas medidas que vem tomando à frente do Executivo paulistano. Mesmo sob críticas, ele garante que Haddad está inovando e será reconhecido.
Pode cair
Em entrevista à Rádio CBN, o deputado Isauro Calais admitiu a possibilidade de queda no valor do pedágio da BR-040, no trecho entre Juiz de Fora e Brasília, hoje fixado em R$ 4,60. A razão, segundo ele, seria o descumprimento pela Invepar Rodovias/Via 040 do cronograma de obras previsto no edital da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O desconto de desequilíbrio, cláusula adotada pela agência para punir a não execução de projetos já previstos, será avaliado. O deputado aponta uma série de ações que não foram feitas, como implantação de multifaixas, formadas por duas ou mais pistas, com duas ou mais faixas para cada sentido, sem a separação por canteiro central.