Ato público pede justiça e paz nas ruas do centro


Por Wendell Guiducci

29/11/2014 às 15h49- Atualizada 01/12/2014 às 10h50

Leonardo Costa/29-11-14

“Heyder, todos juntos lutamos por você.” A frase foi entoada por dezenas de pessoas que participaram da manifestação organizada por amigos e familiares de Heyder Mychell Vieira Gomes neste sábado (29). O jovem de 24 anos foi assassinado a tiros no dia 17 de outubro, no Bairro Vila Ozanan, Zona Sudeste da cidade. Ele teria sido confundido com um rapaz ligado ao tráfico. Mais de um mês depois do crime, ninguém foi preso. “A morte de Matheus teve uma grande repercussão. Há quase dois meses meu filho foi assassinado e nada foi feito. Só pedimos justiça”, salientou a mãe de Heyder, Célia Maria Vieira da Cunha, lembrando o caso Matheus Goldoni, cujo corpo foi encontrado já sem vida, por coincidência, no dia 17 de novembro.

Amparada durante todo o percurso, Célia afirmou que ainda teme pelo futuro dos outros três filhos. “É um sentimento de muito aperto e medo, porque você percebe que não há justiça. Precisamos de polícia no bairro. A gente vê traficante subindo e descendo a rua, colocando drogas nas mãos de menores”, desabafou.

Exibindo faixas e usando camisas com a foto de Heyder, os manifestantes saíram no final da manhã de sábado da Vila Ozanan e seguiram a pé pelas principais ruas do Centro da cidade. Em um certo momento, eles chegaram a fechar a Avenida Getúlio Vargas e gritaram “Acorda, Juiz de Fora. Essa justiça incompetente me incomoda”. Na Praça Antônio Carlos, onde o ato público terminou, todos se deram as mãos e rezaram. Por fim, a indignação cedeu lugar à dor e à tristeza. Em vez de palavras de ordem, o silêncio predominou em meio a lágrimas e abraços.

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