Construtora entrega projeto para escorar prédio que ameaça desabar
Atualizada às 19h
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A Construtora Sanlus Domine Engenharia Ltda, responsável pela construção do prédio que ameaça desabar no Bairro Jardim dos Alfineiros, entregou à Defesa Civil, na manhã de desta quinta-feira (18), o projeto de obra para escoramento da edificação, que fica na Rua Custódio de Rezende Bastos, Zona Norte. Conforme a assessoria da Defesa Civil, até o fechamento, até o fim da tarde, o órgão aguardava apenas a informação sobre o responsável técnico para liberar o início das intervenções. Por determinação judicial, concedida na última semana, a empresa teria que pagar aluguel para os moradores em um imóvel com as mesmas características das que eles moravam ou custear a estadia das famílias em hotéis de, no mínimo, três estrelas. Segundo o porta-voz dos moradores, José Fernandes da Silva, desde esta terça-feira (17), proprietários dos apartamentos vem passando a noite no César Park Hotel, no Centro da cidade.
Quatro inquilinos e uma lojista, no entanto, não estariam recebendo este tipo de auxílio, assim como os proprietários da casa interditada ao lado da edificação. Estes estariam arcando com aluguel com meios próprios. “Desde o dia 31, tudo meu está lá dentro. Aluguei um terraço na região e estou sem receber nenhum auxílio”, relata Marcelle. “Lá era meu único ganha-pão. Minhas coisas estão todas trancadas lá dentro, desde que o prédio foi interditado. Só retirei meus documentos. Estou com um prejuízo de quase R$ 20 mil”, explica a proprietária da mercearia, Lúcia Helena Gomes da Silva. O porta-voz dos moradores afirma que, mesmo com o início do pagamento da estadia, outras dificuldades ainda são enfrentadas. “Além de ter um lugar para dormir, há outras questões como alimentação e transporte. Meu filho estuda na Zona Norte e precisa se deslocar ao Centro para dormir e ao bairro no outro dia de manhã, para ir à aula. Estamos no hotel, mas não nos informaram por quanto tempo podemos ficar lá”, explica.
A determinação judicial ainda exigia a colocação de um vigilante 24 horas para cuidar dos bens que ainda se encontram nos imóveis e que seja realizada obra de escoramento para que as 13 famílias atingidas possam retirar seus pertences. Depois, será feita a reestruturação definitiva, que deverá durar seis meses. De acordo com a assessoria de comunicação do Corpo de Bombeiros, dois vigilantes foram contratados pelo proprietário da edificação para se revezarem em turno de 12 horas no local. A corporação segue monitorando a situação. A Tribuna tentou contato com a Construtora Sanlus, mas não obteve sucesso nas ligações.