Grande volume de chuva provoca estragos na cidade


Por Juliana Netto

30/11/2015 às 10h14- Atualizada 30/11/2015 às 12h27

Atualizada às 12h25

Foto do leitor Paulo Ferreira
Com a força da água, uma cratera foi aberta na Rua Goiás (Foto do leitor Paulo Ferreira)

Um domingo de muita chuva fez estragos pela cidade. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o acumulado de precipitações nas últimas 24 horas em Juiz de Fora foi de 78 milímetros, número correspondente a 40% do esperado para todo o mês de novembro, que é 191 milímetros, considerando a média histórica do instituto. Tal volume fez do domingo o dia mais chuvoso de todo o ano e aumentou para 240 milímetros o volume de chuva contabilizado no mês. Já pluviômetros do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres (Cemaden), monitorados pela Defesa Civil, registraram média um pouco menor, de 44,76 milímetros nas últimas 24 horas. Cidade Universitária, com 76,6; Santa Terezinha, 76; e São Pedro, 68,14, foram as regiões com maior acumulado, segundo o instituto.

A segunda-feira (30) deve continuar com tempo instável em Juiz de Fora. Conforme aviso meteorológico do(Inmet), há possibilidade de pancadas de chuva acompanhadas de descargas atmosféricas e rajadas de vento ocasionais em várias áreas isoladas do estado, inclusive na Zona da Mata.

Com o alto volume de precipitações, muitos pontos da cidade ficaram alagados. Houve alagamento também na Avenida Itamar Franco, próximo à esquina com a Rua Monsenhor Gustavo Freire. A foto foi enviada pela leitora Viviane Rodrigues. Fotos enviadas pelo leitor Claudiney Franklin Gomes mostram a situação na Rua Padre Gabriel, em Benfica, na Zona Norte. A situação se repetiu na Rua das Calcedônias, no Bairro Marilândia, onde um córrego transbordou, inundando o quintal de várias casas da rua. Já a imagem do leitor Paulo Ferreira mostram uma cratera formada no asfalto da Rua Goiás, no Bairro São Sebastião, na região Sudeste. Houve alagamento também na Avenida Itamar Franco, próximo à esquina com a Rua Monsenhor Gustavo Freire. A foto foi enviada pela leitora Viviane Rodrigues.

Segundo a Defesa Civil, 73 chamados foram abertos nas últimas 72 horas, 42 somente na Zona Norte. O Corpo de Bombeiros ainda não divulgou o balanço de chamados em função da chuva. Nesta manhã, militares trabalham no corte de duas árvores, uma inclinada sobre residência e outra apoiada na rede elétrica, nos bairros Santa Cecília e São Benedito, respectivamente. Além da chuva, a velocidade dos ventos também foi alta em alguns pontos da cidade. Por volta das 14h, as rajadas chegaram a 83km/h no campus da UFJF.

De acordo com a Cemig, 23 bairros tiveram queda de energia entre sábado e domingo. As principais causas para o desfornecimento foram quedas de árvore e telhas sobre a rede elétrica, além do rompimento de condutores. Três postes também caíram durante o vendaval. Na manhã desta segunda, cerca de 300 clientes, de pontos isolados da cidade, ainda seguiam sem luz. A previsão é de que o serviço seja restabelecido até o fim da tarde.

Foto do leitor Claudiney Franklin Gomes
Em Benfica, a Rua Padre Gabriel ficou alagada (Foto do leitor Claudiney Franklin Gomes)
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Córrego transbordou e alagou propriedades na Rua das Calcedônias, no Marilância
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Chuva também alagou ponto da Itamar Franco próximo à Rua Monsenhor Gustavo Freire (Foto da leitora Viviane Rodrigues)

Mais chuva
Conforme o meteorologista do Inmet, Jorge Moreira, as condições climáticas devem se manter, pelo menos, até quinta-feira. “A situação deve-se a uma frente fria estacionada sobre o oceano, que favorece o fluxo de umidade pela região, criando condições de chuva. Até quarta, a estimativa é de acumulado alto na Zona da Mata”, destaca.

Mesmo com a chuva, os termômetros devem seguir em alta em Juiz de Fora. Para esta segunda, a previsão é de máxima girando entre 28 e 30 graus.

Aumento discreto no nível das represas

O grande volume de chuva, no entanto, não resultou em aumento significativo dos mananciais da cidade. Em relação aos dados da última sexta-feira, o percentual de aumento na Represa João Penido foi de 2%. Em Chapéu D’Uvas o índice foi ainda menor, de apenas 0,4%. Já na Represa de São Pedro houve acréscimo de 13,4%. No entanto, o manancial atende uma pequena parcela da população local, que mora nos bairros da Cidade Alta.

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