Operação combate falsificação de fertilizantes na Zona da Mata
Produtos adulterados foram comercializados para produtores de Divino, Orizânia, Carangola, Espera Feliz e Fervedouro, afetando a agricultura local.
Na terça-feira (4), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), deflagrou a operação Sterilis, com o objetivo de desmantelar um esquema de falsificação e mistura de fertilizantes utilizados na cafeicultura em cidades da Zona da Mata mineira. A operação foi realizada nos municípios de Carangola e Espera Feliz, com foco em empresas e indivíduos envolvidos na produção e venda de adubos ilegais.
As investigações indicaram que os produtos adulterados eram comercializados para agricultores de Divino, Orizânia, Carangola, Espera Feliz e Fervedouro, prejudicando a economia agrícola da região. Durante a operação, foram cumpridos três mandados de busca, resultando na apreensão de sacos de fertilizantes possivelmente adulterados, além de grande quantidade de materiais utilizados para embalar os produtos. Fiscais federais do Mapa coletaram amostras que serão analisadas em laboratório para identificar os componentes das misturas.
O esquema
De acordo com a apuração, os envolvidos adquiriam resíduos e varreduras de fertilizantes, conhecidos localmente como “fundo de navio”, e realizavam misturas artesanais com fertilizantes de marcas renomadas, criando produtos sem padrão técnico e sem registro nos órgãos competentes. O fertilizante adulterado era embalado e comercializado como se fosse original, enganando os produtores que acreditavam estar adquirindo produtos de qualidade.
Para enganar os compradores, os falsificadores ofereciam amostras visualmente puras e de boa aparência, mas entregavam, após a compra, fertilizantes adulterados, com composição inadequada e baixo valor agronômico. O uso desses produtos resultou em prejuízos severos para vários produtores, que relataram queda drástica na produtividade das lavouras, com alguns chegando a perder completamente as plantas. Em casos extremos, houve agricultores que abandonaram a cafeicultura devido à inviabilidade de recuperação das lavouras.
Repressão e alerta
A operação foi coordenada pelas delegacias de Divino e Carangola, com o apoio de outras unidades da PCMG. O delegado Thales Borges Muniz, responsável pela investigação, destacou que a ação visa proteger os produtores rurais e evitar danos à economia local, que tem na cafeicultura sua principal fonte de renda. O nome Sterilis, que vem do latim e significa estéril ou improdutivo, foi escolhido para refletir o efeito devastador dos fertilizantes falsificados, que em vez de fertilizar, tornaram o solo infértil, comprometendo as lavouras.
“Os produtores foram vítimas, acreditando que estavam comprando fertilizantes legítimos. O prejuízo afetou diretamente a renda das famílias e enfraqueceu a economia local, que depende fortemente da cafeicultura”, afirmou o delegado.
A PCMG e o Mapa alertam sobre os riscos econômicos e ambientais do uso de fertilizantes adulterados, que comprometem o solo e reduzem a produtividade, podendo levar à perda total da lavoura. As autoridades reforçam que os produtores devem adquirir fertilizantes apenas em estabelecimentos registrados pelo Mapa e pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), exigindo sempre nota fiscal e conferindo o registro do produto e do fabricante.
As investigações continuam para identificar todos os envolvidos no esquema.
*Texto reescrito com o auxílio do Chat GPT e revisado por nossa equipe
Resumo desta notícia gerado por IA
- Operação Sterilis desarticula esquema de falsificação de fertilizantes na Zona da Mata.
- Produtos adulterados causaram prejuízos em lavouras de cafeicultura, principalmente em municípios como Divino e Carangola.
- Fiscais do Mapa coletaram amostras dos produtos adulterados, que serão analisadas em laboratório.
- PCMG e Mapa alertam sobre os riscos do uso de fertilizantes irregulares, que comprometem a produtividade agrícola.
