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Prefeitura de Juiz de Fora volta a descartar fechamento de Empav

audiencia empav by felipe couri
Plenário da Casa foi tomado por trabalhadores da empresa e moradores de várias regiões, que cobraram melhorias na pavimentação das ruas (Foto: Felipe Couri)
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Secretário municipal de Fazenda e diretor-presidente da Empresa Municipal de Pavimentação e Urbanização (Empav), Fúlvio Albertoni, voltou a afirmar que a intenção da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) é a de reestruturar a empresa pública, que tem por finalidade atender o Município em demandas relacionadas à pavimentação e recomposição asfáltica, manutenção de praças e jardins, poda e corte de árvores, entre outros. Em audiência pública realizada pela Câmara na tarde desta terça-feira (24), Fúlvio foi taxativo ao afirmar que o prefeito Antônio Almas (PSDB) não tem a intenção de fechar as portas da Empav, preocupação manifestada por alguns vereadores durante as discussões realizadas a partir de requerimento apresentado pelo vereador Juraci Scheffer (PT), para discutir a situação financeira da empresa que tem um passivo descoberto de R$ 22 milhões.

O diretor-presidente da empresa pública afirmou que a Empav deve passar por uma reorganização administrativa que pode resultar no corte de cargos comissionados de livre nomeação. Segundo ele, no atual desenho, a Empav conta com 74 cadeiras de livre nomeação, que trazem um custo em folha de aproximadamente R$ 432 mil. Segundo Fúlvio, o novo organograma que vem sendo trabalhado significará um enxugamento das vagas por indicação, o que resultará em uma redução em folha de aproximadamente R$ 170 mil mensais. Ainda de acordo com o titular da empresa pública, todos os comissionados deverão ser desligados e alguns serão reconduzidos. “É mais ou menos aquilo que foi feito na reforma administrativa feita pelo prefeito Antônio Almas na Administração direta.”

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Ainda durante sua explanação na audiência pública, Fúlvio Albertoni reiterou a intenção de que parte dos R$ 90 milhões de empréstimo contratado pela PJF junto à Caixa Econômica Federal, por meio do Programa de Financiamento para Infraestrutura e Saneamento (Finisa), seja destinada a contratação da Empav para a prestação de serviços de pavimentação asfáltica. Assim, a empresa pública deve ser priorizada. Os recursos oriundos do Finisa serão investidos em três linhas de ação: R$ 50 milhões em obras de infraestrutura, como pavimentação asfáltica e ampliação e reforma de edificações públicas; R$ 30 milhões para cobrir déficit financeiro da própria Empav; e, por fim, R$ 10 milhões para ações de saneamento urbano, como a drenagem de águas pluviais.

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Também representando o Poder Executivo nas discussões, o procurador-geral do Município, Edgar Souza Ferreira, respondeu questionamentos apresentados por alguns vereadores sobre possíveis empecilhos jurídicos que impossibilitem a Empav de prestar serviços para a iniciativa privada. Sobre o assunto, o procurador ressaltou que esta foi uma decisão tomada há anos atrás pela diretoria da empresa pública. Segundo ele, a opção tem como base entendimento de órgãos de controle de 2015. Neste caso, se a Empav optasse por concorrer no mercado com empresas da iniciativa privada, ela não poderia prestar serviços para o Município por dispensa de licitação.

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Segundo Fúlvio, a possibilidade de a Empav voltar a prestar serviços para a iniciativa privada pode ser reavaliada em um futuro próximo. “A partir do momento em que a empresa pública esteja reestruturada, ela poderá ter condições de competir no mercado e abrir mão da dispensa de licitação nos serviços prestados à Prefeitura. Hoje não temos esta capacidade.” Por outro lado, o diretor-presidente da empresa pública afirmou que o órgão avança para voltar a prestar serviços para a Cesama, superando burocracias documentais. Ainda de acordo com Fúlvio, estudos apontam que uma recuperação integral da malha asfáltica de Juiz de Fora custaria cerca de R$ 600 milhões. “Com os recursos do Finisa, temos próximo de 10% destes valores. Então, vamos ter que priorizar ações como a recuperação de corredores de ônibus, por exemplo.” Segundo ele, a expectativa de momento é de que os trabalhos bancados com o empréstimo obtido junto à Caixa comecem a ser executados a partir de novembro.

Durante a realização da audiência pública, o plenário da Câmara permaneceu lotado por trabalhadores da Empav e por cidadão de várias regiões da cidade que cobraram melhorias na pavimentação de suas comunidades. Ao final das falas, já nas considerações finais, o presidente do Sindicato de Servidores Públicos de Juiz de Fora (Sinserpu), Amarildo Romanazzi, se mostrou satisfeito com as afirmações e encaminhamentos apresentados pelo diretor-presidente da Empav, que também recebeu elogios do vereador proponente das discussões, Juraci Scheffer.

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