PMDB decide não assumir cargos no governo até decisão sobre independência
O PMDB decidiu hoje (12), em convenção nacional do partido, que nenhum peemedebista assumirá cargos no governo federal nos próximos 30 dias. Nesse período, o Diretório Nacional do PMDB vai decidir sobre a proposta de rompimento ou de manutenção do apoio ao governo da presidenta Dilma Rousseff.
O cargo de ministro da Aviação Civil está vago com a saída de Eliseu Padilha, do PMDB, em dezembro. Havia uma expectativa de que o deputado federal Mauro Lopes (MG) assumisse a Secretaria de Aviação Civil nos próximos dias.
Mais cedo, o vice-presidente da República, Michel Temer, disse, durante discurso na convenção nacional, que “não é hora de dividir os brasileiros, de acirrar ânimos e levantar muros”. Segundo ele, em um momento atual de grave crise política e econômica, a hora é “de construir pontes”.
O PMDB deve reconduzir Temer à presidência nacional do partido. No total, 454 delegados vão eleger os membros do Diretório Nacional, que, por sua vez, vão escolher a nova Comissão Executiva Nacional.
Temer voltou a defender a unidade nacional e o diálogo entre todas as correntes de opinião. “O PMDB sempre teve diversidades internas, mas [que] convergem em todas as ocasiões em que é preciso cuidar do país”.
Temer é reeleito presidente do partido
Foram apresentadas 12 moções para aprovação do partido. Entre elas as que pedem o rompimento com o governo. A única moção aprovada foi a que proíbe membros do partido de assumir cargos no governo federal nos próximos 30 dias. O prazo foi determinado pela decisão que o Diretório Nacional, eleito hoje, tomará sobre a manutenção do apoio ao governo.
Neste momento, os 119 integrantes do Diretório estão reunidos para escolher os 17 membros da Executiva Nacional, a mais importante instância partidária.