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PF diz que post sobre identidade de suspeita no atentado a Bolsonaro é falso

bolsonaro felipe

(Foto: Felipe Couri)

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Reprodução da nota de esclarecimento do Sinttraf, que repudia “todos aqueles que se valem das redes sociais para disseminar ódio e intolerância” (Foto: Reprodução/ Facebook)
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Nos últimos dias, circularam informações nas redes sociais (em especial no WhatsApp) dando conta de que a Polícia Federal teria identificado uma mulher suspeita de participar do atentado contra o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), na última quinta-feira (6), em Juiz de Fora. O texto afirmar que a pessoa em questão seria uma diretora do Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da Zona da Mata e Sul de Minas (Sintraf).

A PF confirmou à reportagem que a informação não procede e que todas informações oficiais sobre o caso são divulgadas no site oficial da corporação. “A Polícia Federal tem por política de comunicação não comentar investigações em andamento. Naturalmente, reconhecemos os perigos e o grande dano potencial que pode ser causado pelas chamadas ‘fake news’. Neste sentido, no último sábado, a PF publicou em suas redes sociais (Twitter e Facebook) mensagem alertando a população para tais riscos”, afirmou a entidade em nota encaminhada à Tribuna.

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Além da Polícia Federal, o Sinttraf e a própria mulher citada no texto também divulgaram notas de esclarecimento (ver reprodução). “A Diretoria do Sindicato dos Bancários da Zona da Mata e Sul de Minas vem a público esclarecer que repudia toda e qualquer acusação desprovida de provas contra a diretora, bem como jamais patrocinou, patrocina ou patrocinará quaisquer ações contra o Estado Democrático de Direito. Repudiamos todos aqueles que se valem das redes sociais para disseminar ódio e intolerância, cometendo crimes cibernéticos, falsas acusações e ameaças com intuito de imputar à diretora e ao Sinttraf participação e/ou responsabilidade no atentado”, afirma nota do sindicato. A reportagem optou por editar os trechos em que o nome da diretora é citado.

Em nota em sua página do Facebook, a diretora sindical que teve seu nome citado agradeceu as manifestações de apoio recebidas após a circulação da informações. “Como não poderia ser diferente, me defendi aqui e perante as autoridades. Há poucas horas estive na sede da Polícia Federal acompanhada de meus advogados onde fui cordialmente recebida e muito bem atendida”, afirmou na nota. Ainda de acordo com a publicação, ela comunicou às autoridades sobre a incidência de um possível crime cibernético da qual seria vítima.

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“O delegado reafirmou minha total desconexão com o caso em questão e expediu documento padrão de denúncia de notícias falsas para a PF e mídia de todo o país relatando o ocorrido e corroborando com minha total inocência no caso.” Ela ainda registrou, junto à Polícia Militar, uma ocorrência por calúnia, injúria, difamação e ameaça.

Cuidados

Segundo o site boatos.org, espaço especializado em detectar informações inverídicas que circulam na internet, outras duas mulheres também foram vítimas de textos semelhantes e acusadas de participação no atentado contra Bolsonaro, vítima de uma facada desferida por Adélio Bispo de Oliveira, preso em flagrante na última quinta (6).

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Legenda – Diretora de sindicato citada nominalmente em posts nas redes sociais diz, em nota, que “espera que este sórdido episódio cesse neste momento”, e que “reportará cada nova acusação às autoridades que já estão cientes desse absurdo” (Foto: Reprodução Facebook)

O crime tem sido motivo de várias notícias falsas, algo que tem se tornado comum nas redes sociais. Recentemente, os responsáveis pelo site informaram à reportagem cuidados que os usuários devem ter para não serem enganados por notícias falsas ou mesmo compartilhá-las.

“O mais elementar de tudo é desconfiar de qualquer informação que venha por meio de canais do WhatsApp. Se a notícia vem sem uma fonte confiável como, por exemplo, um link de notícia ou de algum órgão, tem caráter alarmista, erros de português e pede compartilhamento, o melhor é buscar mais informações a respeito da veracidade. Se na primeira busca não se confirmar que a informação recebida procede, não devemos repassá-la.”

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