O Seminário Técnico Crise Climática, promovido pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em Juiz de Fora, deve resultar em relatórios para aprimorar políticas públicas voltadas ao tema, de acordo com o presidente da ALMG, deputado Tadeu Martins Leite (MDB). O representante da casa legislativa esteve na cidade nesta sexta-feira (7) e, em coletiva à imprensa, deu mais detalhes sobre os objetivos do evento promovido pela ALMG em todo o Estado.
O encontro acontece na Câmara de Juiz de Fora, com objetivo de discutir a situação da região perante a crise climática. Como lembrado por Leite, o evento é a terceira edição que ocorre no interior de Minas, sendo que os demais aconteceram na região do Vale do Jequitinhonha, em Araçuaí, e no Sul de Minas, em Itajubá. Outros quatro encontros devem ocorrer nos próximos meses.
“Cada dia que eu participo de uma etapa regional desse seminário, eu me convenço ainda mais da importância de discutir a crise climática que nós estamos vivendo no mundo e no Brasil, e a Assembleia está discutindo Minas Gerais através da nossa Casa”, diz. “Estamos aqui para não só entender o problema que o Estado vem passando com a crise climática, mas, principalmente, para que ao final desse seminário, possamos ter um grande relatório e, na prática, podermos ajudar a minimizar os efeitos da crise climática ou aprender a conviver com ela, seja através de legislações que poderemos aprimorar e aprovar na Casa, mas também através da fiscalização pelas políticas públicas do Governo do Estado e federal.”
Crise climática nas diferentes regiões
Como destacado pelo parlamentar, a discussão da crise climática não envolve apenas o âmbito político, mas também técnico, considerando que mais de 60 instituições, como universidades do estado, estão envolvidas na realização do seminário, que teve início em março deste ano. A realização do evento em várias regiões busca abordar a pluralidade de situações dentro do estado de Minas Gerais.
“Minas Gerais já vem sofrendo com grandes problemas. Quando você vai ao Jequitinhonha, enxerga, por exemplo, o problema da estiagem e da seca. Das 20 cidades que mais esquentaram em todo o país, 19 são do estado de Minas Gerais. Aqui na Zona da Mata, principalmente Juiz de Fora, há problemas gravíssimos com cheias, fortes chuvas, deslizamentos desalojando pessoas e trazendo transtornos para toda a cidade ”, exemplifica. “É exatamente por isso que a Assembleia fez questão de fazer esses sete encontros e discussões regionais, para entendermos as diversas formas do Estado e os diversos problemas.”
Boas práticas
Além de debater a situação climática, o Seminário também busca apresentar exemplos de boas práticas que, conforme o presidente da ALMG, serão replicadas em outras regiões que apresentam problemas semelhantes aos da Zona da Mata. No evento em Juiz de Fora, as boas práticas envolvem pesquisas científicas sobre a pecuária leiteira, projeto de conservação de solo e água e gestão de riscos em caso de desastres naturais.