Quinze pessoas são presas em operação contra o tráfico de animais em MG e no RJ
Quase 150 pássaros foram apreendidos, além de gaiolas e outros materiais
O Ministério Público de Minas Gerais deflagrou, nesta sexta-feira (7), uma operação para combater o tráfico de animais silvestres, na Zona da Mata e nas regiões Metropolitana e Central, no Centro-Oeste e no Sul de Minas Gerais, além do estado do Rio de Janeiro. Quinze pessoas foram presas em flagrante. Pássaros, gaiolas, celulares e outros materiais foram apreendidos.
Foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça do município de Santa Luzia, nas cidades de Belo Horizonte, Santa Luzia, Ribeirão das Neves, Contagem, Sabará, Vespasiano, Juatuba, Paraopeba, Carandaí, Campo Belo, Perdigão, Viçosa, Rio de Janeiro e Itaguaí (RJ). As 15 pessoas presas em flagrante foram conduzidas para as respectivas delegacias. Foram apreendidos 142 pássaros (alguns com anilhas adulteradas), gaiolas, alçapões, 25 celulares, três notebooks e um pendrive. Os números correspondem a todas as cidades que foram alvo da operação.
A operação foi batizada com o nome de Libertas, que faz alusão ao estado natural de liberdade em que devem ser mantidos os animais silvestres por força da legislação brasileira.
De acordo com a Lei de Crimes Ambientais, aquele que apanhar, vender, guardar, adquirir, tiver em cativeiro ou transportar animais silvestres sem autorização dos órgãos ambientais está sujeito à pena de detenção de seis meses a um ano, além de multa. O Ministério Público apura, ainda, a possível caracterização do crime de associação criminosa, cuja pena é de reclusão de um a três anos.
Investigações
Investigações realizadas pelo Ministério Público identificaram um grupo de apanhadores e comerciantes ilegais de pássaros silvestres com base em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O grupo, segundo as investigações, conta com a participação de mais de 300 membros, que se valiam de um aplicativo de telefone celular para fazer as encomendas e negociações dos animais, que eram levados para diversas partes de Minas e mesmo para o Rio de Janeiro, com o objetivo de serem vendidos ilegalmente.