Ex-tenente da PM é condenado a 16 anos de prisão por homicídio e fraude processual
Ex-tenente teria utilizado celular da vítima, desbloqueando-o com a digital do cadáver, e destruído cartões de memória que registravam a ação
Um ex-tenente da Polícia Militar de Minas Gerais foi condenado pelo Tribunal do Júri de Montes Claros, na última terça-feira (3), a 16 anos de reclusão, sete meses de detenção e ao pagamento de 30 dias-multa pelos crimes de homicídio qualificado e fraude processual. A decisão atendeu a uma denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
De acordo com a sentença, o ex-policial, que comandava o pelotão de São João da Ponte, no Norte de Minas, utilizou prerrogativas do cargo para cometer os crimes, o que resultou na perda de sua função pública. Na cena do crime, ele usou o celular da vítima, desbloqueando-o com a digital do cadáver, e destruiu os cartões de memória que registravam a ação. O Conselho de Sentença considerou que o crime foi cometido por motivo torpe e com o uso de arma de fogo, o que impossibilitou a defesa da vítima.
Além dos crimes que resultaram na condenação, o réu é apontado como líder de uma organização criminosa que atua na região. Ele deverá cumprir a pena em regime fechado.
O promotor de Justiça Diego Luiz Machado Peres destacou que “o Ministério Público deve sempre buscar a justiça. No caso deste julgamento, a condenação era medida que se impunha, pois a lei vale para absolutamente todos. Os fatos praticados pelo réu foram devidamente punidos pelo Conselho de Sentença merecendo uma pena adequada tendo em vista que a reprovabilidade é mais acentuada por se tratar de um oficial da PM”.