Vinícius Xavier, o Argirita, se prepara para mudar de clube na Indonésia

Analista técnico formado na UFJF deixou o Persita Tangerang após uma temporada


Por Vinicius Soares

30/05/2025 às 07h00

Analista técnico formado na UFJF se prepara para mudar de clube na Indonésia
Vinicius será anunciado por seu novo clube no domingo (Foto: Poetra Janour)

Após terminar a temporada como analista técnico do Persita Tangerang, da Indonésia, Vinicius Xavier, o “Argirita”, formado pela Faculdade de Educação Física e Desportos (Faefid) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), se prepara para novos desafios. O profissional já está acertado com outro clube da primeira divisão. O anúncio oficial acontece neste domingo (1º). De férias no Brasil, Argirita, apelidado em homenagem à cidade natal, conversou com a Tribuna e fez uma análise de como foram os últimos meses no Sudeste Asiático.

O Persita terminou a temporada 2024/25 na 11ª colocação do Campeonato Indonésio, com 43 pontos em 34 jogos, um total de nove pontos à frente do 16º colocado na tabela, que é o primeiro time dentro da zona de rebaixamento. Vinicius explica que o clube, historicamente, luta contra o descenso, o que não aconteceu nesta temporada. “A gente conseguiu ficar dentro do G4 (grupo de equipes que se classificam às competições asiáticas). No final do campeonato, na segunda metade, passamos por alguns momentos delicados, em que os resultados não vieram. Também tivemos problemas de lesão com alguns jogadores”, relata.

Além dos resultados, Vinicius destaca que o desempenho do Persita dentro de campo melhorou, principalmente no setor defensivo, área trabalhada por Argirita. “Conseguimos melhorar esse aspecto dentro do clube, o Persita sofria muitos gols durante a temporada. A gente conseguiu vários clean sheets, que é quando a gente passa pela partida sem sofrer gols. Tivemos a felicidade de conseguir com que o nosso goleiro fosse eleito o melhor da competição. O balanço é de que o trabalho foi bem feito.”

Novos desafios

Após a conclusão da temporada, Vinicius, juntamente com a comissão técnica, comandada por Fábio Lefundes, decidiu por novos caminhos. “Existia a possibilidade de continuar no Persita, mas enquanto comissão técnica, conversamos com o Fábio e tomamos a decisão em conjuntode trocar de clube para buscar algumas coisas diferentes.”

Conforme Vinicius, um dos motivos que levaram a comissão técnica a trocar de clube foi o desejo e o sentimento de que era possível brigar por objetivos maiores dentro da Indonésia.

“É uma decisão muito difícil porque a gente foi muito feliz em Tangerang. É uma cidade muito boa, a gente se sentiu muito bem lá, as pessoas do clube abraçaram a gente, é uma equipe muito boa de trabalhar. Não foi uma decisão fácil para a gente, mas acreditamos que a gente pode brigar por coisas maiores dentro da composição e esse foi um dos fatores para  trocar de clube. Obviamente não é um fator exclusivo, mas é um dos grandes motivos que fez a gente tomar essa decisão.”

vinicius argirita by arquivo pessoal
Vinicius seguirá trabalhando com Fábio Lefundes (Foto: Arquivo pessoal)

Vinicius entende que esse período no Persita foi muito importante para sua evolução profissional e que as lições aprendidas poderão ser aplicadas na próxima temporada. “Erramos em algumas coisas e acreditamos que isso faz parte do processo também. A gente foi ajustando algumas coisas, de acordo com o que a gente viu que dava para fazer, relacionado a metodologia de treino, até que ponto você pode ir realmente naquela ideia que você tem”, analisa.

Enriquecimento pessoal

Em sua primeira experiência internacional, Vinicius morou em Tangerang, situada a 20 quilômetros de Jacarta, capital da Indonésia. Conforme explica Argirita, a cidade possui diversos atrativos, o que facilitou a adaptação. “Dei sorte de ter uma primeira experiência em uma cidade que tinha muita opção de restaurante, de todos os países, praticamente. Comida típica de cada local. Por conta disso, a gente, nesse lugar, tinha contato com outras pessoas. Eles têm uma cultura muito forte de ir para a cafeteria para fazer reuniões, para trabalhar, ter um tempo produtivo. Eu sou muito fã desse tipo de programa. Essas coisas eram as que faziam eu passar o tempo, além de trabalhar”, descreve.

Tópicos: argirita / ufjf

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