Ainda que esteja em pré-temporada desde 2 de dezembro, o Tupybambás apresentou à imprensa, nesta terça-feira (10), no Trade Hotel, o plantel e a comissão técnica para a disputa do Campeonato Mineiro de 2020. Apesar de contar com 29 atletas, o treinador Paulo Campos receberá ainda, conforme o vice-presidente Cláudio Dias, até o início do torneio, cinco novos jogadores. O elenco soma remanescentes da bem-sucedida campanha desta temporada, como Renan Rinaldi, Adriano, Léo Salino, Ademilson e Vanger, além de juiz-foranos com passagens pelo Tupi. O grupo é complementado por jovens recém-campeões da Copa Alterosa. A estreia do Baeta no Mineiro será em 22 de janeiro, às 20h, no Estádio Municipal, contra o Tombense.
Em entrevista à Tribuna, Dias explica que ter dois jogadores de mesmo nível para cada posição foi a ideia central para a montagem do time. “Temos, hoje, por exemplo, três goleiros. Um é muito novo, tem 21 anos, que é o Marcos Gato. O Marcos é muito bom, mas ainda precisa de um pouco de experiência. Temos também o Bruno, de 24 anos, e o Renan (Rinaldi). A intenção era trazer o (Ricardo) Vilar, ex-Tupi. Foi feita uma proposta, mas ele não se interessou neste momento.” Conforme o vice-presidente do Tupynambás, mais “três, quatro, cinco nomes” chegarão ao Poço Rico para ocupar as lacunas do elenco. “Preciso de mais um goleiro. Provavelmente, um zagueiro. E os outros, atacantes. Tirando o Ademilson, os outros (atacantes) são mais de beirada. Temos cinco, mas quatro são de beirada, e o Adê é mais um nove. Temos que trazer pelo menos outros dois para o setor.”
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Bem como em 2019, a contratação de atletas juiz-foranos foi ponderada durante o planejamento para a próxima temporada. Além do meio-campista Léo Salino, o lateral-esquerdo Michel, o meia Raphael Augusto e o atacante Sávio são também naturais da cidade. “Procuramos atletas que têm qualidade, não basta somente ser de Juiz de Fora. Conversamos também com outros atletas locais, mas eles já tinham fechado com outros clubes. Demos sorte com o Michel, por exemplo, que já estava praticamente fechado com outro time, mas conseguimos reverter. Estamos contando ainda com sete jogadores da base, que foram campeões agora da segunda divisão do sub-17 do Campeonato Mineiro e da Copa Alterosa”, diz Dias. São oriundos da base o zagueiro Pedro Henrique, 19; o lateral-direito Lucas Santos, 18; os meias Matheus Batista, 20; Gabriel Sá, 17; Bruno Vieira, 19, e Ramon Willian, 19; além do atacante Kristian Israel, 20.
Reforços de São Paulo
Além de velhos conhecidos do torcedor juiz-forano, jogadores com experiência no futebol paulista e carioca compõem o elenco alvirrubro. Do Rio Claro (SP), vieram os zagueiros Silvio, 34, e Diego Augusto, 28; do Nacional (SP), o lateral-esquerdo Denner, 26, e o volante Allan, 25. “A Série A2 de São Paulo é muito forte. Tem jogadores de mais qualidade e que nos interessaram bastante. O Denner e o Allan, que vieram primeiro, já tinham experiência no Mineiro, inclusive, pois jogaram no Boa Esporte e no Tombense, respectivamente. Gostamos muito dos jogadores. O Diego Augusto já jogou em Minas. O Sílvio também já jogou no Tupi e tem passagem pelo futebol paulista. (…) Mas há também jogadores do Rio, não só de São Paulo, como o (volante) Léo Franco, que foi considerado um dos melhores das categorias de base, e o (lateral-direito) João Victor, que é do Botafogo. São jogadores que são promessas. Estamos tentando mesclar o que temos de mais experiência com jogadores que estão se destacando nas categorias de base.”
‘Ir além do que fomos nesta temporada’
Para Cláudio Dias, o elenco para o Campeonato Mineiro 2020 permitirá ao Tupynambás protagonizar melhor campanha daquela realizada nesta temporada, quando o Baeta fora eliminado, nas quartas de final, para o Atlético, vice-campeão, por fim. “Estamos montando uma equipe para ir além. Ficamos na oitava colocação (na fase inicial), mas achamos que poderíamos um pouco mais. Então, estamos tentando montar uma equipe mais qualificada um pouquinho, para tentarmos ficar na quinta, sexta colocação do Mineiro. Ficamos em oitavo e pegamos o primeiro colocado (Atlético), no Mineirão, no dia de seu aniversário, com 50 mil pessoas. É uma disputa que não tem condições. Só tem um lado jogando. E, mesmo assim, fizemos uma boa apresentação.”
Na próxima edição do estadual, apenas os quatro primeiros se classificarão para a fase eliminatória. Entretanto, as agremiações entre a quinta e a oitava colocação, alijados das finais, disputarão o Troféu Inconfidência, também em fases eliminatórias, cujo vencedor enfrentará, na Recopa, o melhor classificado geral do interior – possivelmente o quarto colocado. A ideia, para Dias, está aprovada. “A Copa Inconfidência foi um pedido do presidente do Tupynambás (Jorge Dias), porque, se pegarmos os quatro últimos (entre o quarto e o oitavo colocados), eles jogam sem condições. Os três grandes (América, Atlético e Cruzeiro), com recursos financeiros infinitamente maiores, sempre têm maiores possibilidades de passar. No novo formato, conseguimos ir um pouco além na competição e teremos mais jogos.”