JF Vôlei entra em reta final de preparação para a Superliga B
Primeiro compromisso na divisão de acesso é no próximo sábado, em Brasília
A virada de ano não foi sinônimo de descanso para o JF Vôlei. O começo de 2024 foi em alta intensidade para a equipe, que seguiu com os treinamentos iniciados ainda em dezembro de 2023 visando à Superliga B. O clube estreia na competição no próximo sábado (13), contra o Brasília Vôlei, em Taguatinga, no Distrito Federal. Na penúltima semana de preparação, foram realizadas atividades no Ginásio da UFJF e no Ginásio Municipal Jornalista Antônio Marcos, com o objetivo de alinhar os ajustes finais para buscar o retorno à elite do vôlei nacional.
A Tribuna acompanhou o treinamento que aconteceu na última quinta-feira (4), no Ginásio Municipal. O trabalho teve o desfalque do levantador Tarik, que sofreu uma entorse no tornozelo nas atividades de terça (2) e fica fora também da primeira partida do JF Vôlei pela Superliga B. Até o momento, o elenco conta com três reforços: os ponteiros Gabriel Machado, ex-Farma Conde/São José dos Campos, Pedro Henrique, o “Índio”, ex-Pindamonhangaba e Vôlei Renata/Campinas, e o central Bernardo, que atuava no Minas.
Índio, que também passou pelo JF Vôlei em 2022, comentou sobre a oportunidade de retornar à equipe juiz-forana e comparou o atual momento de reestruturação com sua primeira passagem. “Joguei aqui uma temporada e pude perceber que a torcida abraça muito a equipe. Nessa temporada eu tive a oportunidade de voltar, e o time está forte, bem mais estruturado, e creio que coisas boas estão por vir”, afirma.
O ponteiro acredita que seu retorno pode contribuir de maneira significativa para o principal objetivo do JF Vôlei na Superliga B, que é o acesso, mas ressalta a importância do coletivo. “Um ou dois jogadores não fazem nada sozinhos. A equipe é o principal, e eu venho para ajudar nos treinamento e nos jogos”, avalia.
Mesmo sendo um dos mais jovens do elenco, o ponteiro já possui experiência na Superliga B com o JF Vôlei em 2022. Para ele, o nível desta edição está bem elevado, mas o jogador acredita que a equipe tem capacidade de brigar pelo acesso. “Com a experiência que temos, vamos conseguir fazer boas partidas. Creio que todos os times da Superliga B buscam o acesso. É onde todo mundo almeja estar, ser um dos dois finalistas”.
Experiência em busca do acesso
Fernando Pilan, central e capitão do time, e que acumula participações na Superliga B, acredita que sua experiência e liderança “podem contribuir numa fase decisiva. Saber o momento de colocar a galera junto, de puxar um pouco a galera, de cobrar, de deixar o grupo junto mesmo”, diz.
O atleta também entende que a competição fica cada vez mais difícil com o passar dos anos. “A gente se prepara cada vez mais para chegar com uma certa tranquilidade, porque o jogo é jogado. Experiência conta, elenco conta, mas sempre onde vai definir se vai ser uma equipe campeã ou não é na quadra. É lá que você demonstra se tem capacidade ou não”, afirma.
Mesmo ciente do nível crescente da Superliga B, Pilan endossa o discurso de Índio, e afirma que o principal objetivo do JF Vôlei é o retorno à Superliga A. “A gente vem se preparando para isso desde o Campeonato Mineiro. Até por isso a gente teve uma preparação um pouco mais longa para jogar a Superliga C. O objetivo era fazer com que o time chegasse na estreia com uma experiência um pouco maior, com uma carga de treinos maior, ter uma equipe mais entrosada”, relata.
Entrosamento pode ser diferencial
O elenco do JF Vôlei teve a espinha dorsal que disputou o Campeonato Mineiro e a Superliga C mantida para 2024, com apenas duas baixas: o oposto Lapera e o ponteiro Gabriel Cavalcante. Daniel Schimitz, técnico da equipe, afirma que a manutenção do elenco foi planejada. “Fizemos de tudo pra renovar com grande parte do elenco, e isso foi muito bom, porque vamos iniciar um campeonato com quatro meses de treinamento e 18 jogos. Nos coloca em vantagem em relação a outras equipes, uma vez que nos proporcionou um entrosamento muito maior e conhecer melhor o que cada um pode entregar ao longo da temporada”, diz.
Para Daniel, a preservação do entrosamento da equipe também facilita na inserção dos reforços no elenco do JF Vôlei. “Tenho certeza que estes que estão vindos vão deixar a equipe do JF Vôlei ainda mais forte”, avalia Schimitz.
O treinador acredita que o elenco deve pensar passo a passo para alcançar o acesso. “Vamos por etapas. O nosso primeiro objetivo é ficar entre os seis, para que a gente garanta vaga nos playoffs. Chegando nos playoffs, temos as quartas de final, depois a semifinal e, a partir daí, alcançar a final. Temos que ir passo a passo”, afirma.
Importância dos jogos em casa
O JF Vôlei realizou, no Campeonato Mineiro, seis jogos no Ginásio Municipal, com média de público de cerca de 1.400 pessoas. Pilan, que atuou em todos os jogos, entende que a torcida pode ser decisiva na reta final. “Na fase final, é um fator que influencia bastante para a gente. Estar jogando aqui com a torcida, como demonstramos no Campeonato Mineiro, não deixar se vencer por estar jogando com equipes um pouco superiores à nossa. Vai ser um dos nossos objetivos, nos manter no topo da tabela para poder trazer esses jogos para casa”, afirma.
Daniel Schimitz reforça que a presença e o apoio da torcida foi fundamental para os resultados no estadual de 2023 e que também será neste ano. “A equipe sentiu uma energia muito positiva vindo da arquibancada. Acho que tanto os jogadores quanto os torcedores entenderam o momento do JF Vôlei, de uma retomada, e nos apoiaram independente do resultado. Vai ser mais um jogador, e tem que ser assim”, relata.
*Vinicius Soares, estagiário sob supervisão do editor Gabriel Silva