Após um ano com a base do Tupi marcada por ser alvo de investigações da Polícia Civil em função de irregularidades apuradas no processo, o Galo Carijó vive momento de reconstrução com uma notícia que trouxe esperança à nova gestão, do presidente Eloísio Pereira de Siqueira, o Tiquinho. Em pouco mais de uma semana de divulgação, a nova peneira do clube, agendada para ocorrer entre os dias 10 e 15 de janeiro, no Salles Oliveira, em Santa Terezinha, está com vagas esgotadas.
Ao todo, 300 jovens nascidos entre 2000 e 2004 realizaram a pré-inscrição, sendo cerca de 40% dos interessados de Juiz de Fora e o restante residindo em cidades vizinhas e até mesmo em outros estados. Conforme a assessoria do clube informou à Tribuna, as avaliações serão focadas na equipe sub-20. Ainda segundo o Alvinegro de Santa Terezinha, o clube não irá cobrar nenhuma taxa dos atletas. Despesas com transporte, alimentação e hospedagem, no entanto, serão de responsabilidade dos jovens.
“Isso mostra a força que o Tupi ainda tem. Houve uma procura muito grande de pessoas de outros municípios como Belo Horizonte, Contagem e Rio de Janeiro, com a predominância de atletas buscando serem avaliados no meio-campo e no ataque. Também há uma quantidade boa de goleiros”, salientou o clube.
A diretoria alvinegra irá divulgar nos próximos dias os horários das avaliações e a equipe que irá se encarregar de observar os atletas durante os seis dias de atividades. O planejamento do clube é o de que o time sub-20 participe de competições regionais nesta temporada de recomeço.
“Não há perspectiva em relação ao Mineiro de base. Estamos indo bem passo a passo. O Tupi tem que ter futebol, está em seu nome, é o primeiro caminho. Mas entendemos que a divisão de base tem que ser bem adequada. Este primeiro momento é de avaliar os jogadores, entender o cenário e, a partir disso, do potencial dos jogadores e uma série de questões, vamos definir o planejamento e o funcionamento das categorias de base”, reforça o clube. “Se temos pelo menos a base, serve pra atrair parceiros e investidores no clube também. O Tupi não tem ativo nenhum de jogador hoje. E a base é uma possibilidade disso. Mas acreditamos que participar de competições locais, regionais, seja algo bem real para uma equipe.”
Recomeço e Módulo II
O Tupi entende, logo, que a peneira é um primeiro passo para a reestruturação das categorias de base. Um olhar mais detalhado, com pensamento no aproveitamento para o time adulto, sobre os atletas que forem aprovados também pode ocorrer caso o clube confirme a disputa no Módulo II do Campeonato Mineiro. A participação ainda não é certa por conta da falta de parceiros para assegurarem os pagamentos da folha salarial e demais despesas do futebol profissional.
“Começamos a buscar uma retomada, principalmente no sub-20 neste momento, até o sub-17. Em uma análise de perspectiva, este também poderá ser o primeiro filtro caso o time participe, de fato, do Módulo II”, confirmou o clube por meio da assessoria. “Para isso, vamos depender também da avaliação mais à frente de quem for ser o treinador do time no estadual.”
Tombamento do Salles Oliveira
Segue aberto na Prefeitura de Juiz de Fora, por meio da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa), o processo de tombamento do Estádio Salles Oliveira, de processo iniciado por um torcedor carijó. De acordo com a assessoria do Tupi, não há novidades ou definições sobre o pedido. Enquanto isso, a cúpula mantém conversas com a construtora Rezende-Roriz, com quem o clube tem contrato de permuta do espaço para a construção de um novo centro de treinamento.
“O clube tem conversado com a empresa Rezende-Roriz pra reajustar aspectos do contrato, avaliar o projeto do CT, adequar à realidade. Estamos acompanhando o processo de tombamento, que não tem uma solução definitiva. Mas já fizemos algumas reuniões com o pessoal da construtora e estamos caminhando para apresentar algo mais adequado em relação ao estádio. Sentamos pra entender as particularidades do contrato e o clube buscará o melhor caminho.”