Filhos pretendem gastar até R$ 100 no Dia dos Pais
Comércio terá horário especial no sábado, dia 12
A maioria dos juiz-foranos que vai presentear no Dia dos Pais pretende gastar entre R$ 50 e R$ 100. O tíquete-médio citado por 35,29% dos consumidores e levantado pelo Sindicato do Comércio (Sindicomércio) é o mesmo apurado para a data em 2016. No Dia das Mães, 20,61% pretendiam gastar entre R$ 30 e R$ 60, e o mesmo percentual apontou que os presentes comprados estariam na faixa entre R$ 90 e R$ 120. Em relação do Dia dos Namorados, 31,22% dos juiz-foranos planejavam desembolsar mais de R$ 150 este ano. Ainda na sondagem para os pais, em segundo lugar na escolha dos filhos, apareceram valores de até R$ 50, preferência de 21,27%. A pesquisa de intenção de compras foi realizada pelo sindicato em parceria com a Masci Consultoria Jr. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (27).
Peças de vestuário são eleitos pela maioria dos compradores (63,35%). Em segundo lugar, bem abaixo na preferência, estão cosméticos (9,5%) e, em terceiro lugar, sapatos (7,24%). O pagamento à vista, em dinheiro, é a principal modalidade de acerto para 61,99%, seguido pelo parcelamento no cartão de crédito (29,41%). A pesquisa também ouviu dos juiz-foranos os motivos determinantes na escolha por determinado estabelecimento, o diferencial mais interessante oferecido pelo lojista e os fatores verificados, no produto, durante a realização da compra (ver quadro).
O Dia dos Pais (13 de agosto) marca a abertura do calendário de datas comemorativas do segundo semestre no ano. Para a Federação do Comércio de Minas Gerais (Fecomércio MG), apesar de ainda haver certa cautela dos consumidores nas compras, o sentimento em relação ao período é de confiança, uma vez que a data gera impacto positivo para mais da metade (52,9%) do comércio varejista, em diversos segmentos. Neste ano, 47,9% dos empresários mineiros apostam no crescimento das vendas, de acordo com pesquisa elaborada pela Fecomércio. Conforme a entidade, esse é o melhor resultado dos últimos três anos: em 2014, 43,1% tinham essa mesma perspectiva, ante 28,1% em 2015 e 37,8%, em 2016.
Valor afetivo (17,4%), otimismo/esperança (12%) e a melhora na economia (9,8%) foram os principais motivos apontados para as boas expectativas. “A celebração coincide com as liquidações de inverno e a chegada de novos produtos ao mercado, então também tem uma força sazonal. Além disso, a conjuntura econômica do país, principalmente em relação aos três anos anteriores, é mais positiva, com recuo da inflação, juros mais baixos e um menor comprometimento da renda das famílias”, avalia o economista Guilherme Almeida.
Alerta
Para o educador financeiro Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), não é o valor do presente que será capaz de demonstrar a gratidão, o amor e o carinho de um filho pelo seu pai. “É claro que gostamos de ver o sorriso e a satisfação deles em receber algo que tanto queriam, no entanto, é preciso que o consumidor se planeje para que isso aconteça da maneira correta e não que seja sinônimo de endividamento.”
Entre as orientações para presentear sem comprometer o orçamento financeiro, Domingos cita a busca por um presente diferente, com pouco investimento, que beneficie toda a família. Para ele, é preciso se certificar do que o pai está precisando e pesquisar preços antes de levar a lembrança para casa. “Respeite sua situação financeira para comprar um presente que caiba no seu bolso.” Juntar com irmãos e mãe para dividir o valor é outra dica, além de, na falta de dinheiro guardado, avaliar se a prestação cabe realmente no orçamento mensal. “Caso não dê para comprar nenhum dos presentes que você tinha em mente, converse com o seu pai e planeje-se para presenteá-lo em outra ocasião.”