Settra atesta que 60% da frota não estava nas ruas nesta sexta

Consórcios que operam na cidade, o Manchester e o Via JF, encaminharam ofício à Settra, em que afirmam terem realizados esforços para garantir a circulação da frota no percentual mínimo determinado na decisão judicial


Por Renato Salles

21/08/2020 às 20h07

Seguindo orientações dadas em decisão liminar expedida pela Secretaria de Dissídios Coletivos e Individuais do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, a Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) da Prefeitura da Juiz de Fora (PJF) monitorou, nesta sexa-feira (21), o cumprimento da determinação da Justiça de que o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte e Trânsito (Sinttro) mantivesse um percentual mínimo de funcionamento da frota de ônibus do transporte coletivo urbano em meio à greve de motoristas e cobradores, iniciada na última terça-feira. Após fazer inspeções in loco, a Settra considerou que as empresas não cumpriram com o mínimo de 60% durante todo o dia, conforme relatório de acompanhamento.

A reportagem apurou ainda que os dois consórcios que operam na cidade, o Manchester e o Via JF, encaminharam nesta sexta-feira um ofício à Settra, em que afirmam terem realizados esforços para garantir a circulação da frota no percentual mínimo determinado na decisão judicial. As tentativas, no entanto, teriam esbarrado em dificuldades pelo fato de que, segundo as empresas, “a grande maioria dos funcionários não se apresentou ao trabalho”. As concessionárias alegaram ainda que, quem se apresentou para trabalhar, foi ameaçado por grevistas e impedido de trafegar em algumas ocasiões. O ofício aponta ainda que funcionários da empresa Goretti Irmãos Ltda. (GIL) tiveram suas integridades físicas ameaçadas.

“Diante dessa situação, de grave risco de ameaça à integridade física dos funcionários e usuários, bem como ao patrimônio das empresas consorciadas, a própria Polícia Militar recomendou que os veículos fossem recolhidos para as suas respectivas garagens, orientação esta que está sendo acolhida pelos funcionários”, diz o ofício obtido pela reportagem. As empresas afirmaram ainda que “não têm como obrigar os colaboradores a manterem a prestação do serviço diante de tamanha gravidade da situação que se instalou na cidade” e que “a Polícia Militar está encontrando obstáculos para conter a manifestação, que está tomando proporções desmedidas, jamais antes vistas na cidade”.

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