O ministro interino da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eumar Novacki, chega a Juiz de Fora, nesta segunda-feira (23), para o lançamento do Plano “Agro +”, que prevê medidas de desburocratização e simplificação do agronegócio. Um dos objetivos é agilizar o comércio dos produtos agropecuários, aumentando a participação no mercado mundial agrícola, dos atuais 7% para 10% no prazo de cinco anos. O titular da pasta, ministro Blairo Maggi, está em viagem internacional.

Novacki chega à cidade às 10h, sendo recepcionado pelo prefeito Bruno Siqueira (PMDB). Na agenda, estão previstas visitas à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), ao Mercado Municipal e a outros equipamentos públicos. Também está marcada reunião de trabalho no gabinete do prefeito, para organizar ações integradas de apoio e fomento à pecuária e agricultura da região. O almoço será no Restaurante Popular do Centro.

A programação inclui, ainda, um encontro regional, com prefeitos, secretários de agropecuária, presidentes de sindicatos e produtores rurais da cidade e da região, às 15h, na Escola de Governo Municipal (Rua Maria Perpétua 72, 3º Andar, Ladeira), quando será lançando o “Plano Agro +”. Na terça, o ministro interino visita o estúdio da Rádio CBN e a redação da Tribuna.

Programa visa ganho de eficiência

Com o slogan “Queremos um Brasil mais simples para quem produz e mais forte para competir”, o plano, elaborado a partir de 315 demandas enviadas ao Ministério da Agricultura e de consultas a 88 entidades do setor produtivo, foi lançado oficialmente em agosto do ano passado. O Agro+ tem três objetivos: transparência e parcerias, melhoria do processo regulatório e normas técnicas e facilitação do comércio exterior.

Entre as medidas implementadas na prática estão o fim da reinspeção em portos e carregamentos vindos de unidades com Serviço de Inspeção Federal (SIF); o lançamento do sistema de rótulos e produtos de origem animal; a alteração da temperatura de congelamento da carne suína (-18ºC para -12ºC); a revisão de regras de certificação fitossanitárias e o aceite de laudos digitais também em espanhol e inglês.

Com as medidas, a expectativa é que o setor privado e o Governo tenham um ganho de eficiência calculado em R$ 1 bilhão ao ano, o que representa 0,2% do faturamento anual do agronegócio (cerca de R$ 500 bilhões).