Sem avanços na pauta dos rodoviários
Atualizada às 19h42
O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Coletivo Urbano (Sinttro) se reuniu na manhã desta segunda-feira (11) com representantes da Astransp para mais uma rodada de negociações salariais, porém, segundo a entidade, não houve avanços na pauta. Ficou acordado entre as partes uma nova agenda para o dia 18, quando eles voltam a discutir a proposta. No entanto, conforme o Sinttro, se a Astransp não for além da reposição inflacionária oferecida até então, a categoria deve votar indicativo de greve.
Na última semana, a Astransp informou que, desde 1º de maio, tem repassado aos trabalhadores o aumento de 7,13% referente ao acumulado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), garantindo a data-base de fevereiro. Por meio de nota, a entidade não vislumbrou grandes perspectivas de avanço, pois tem acumulando uma defasagem histórica entre despesas e receitas. Por outro lado, a categoria reivindica 5% de ganho real, o que elevaria o reajuste para algo em torno de 12% este ano.
Na mesma data, a Secretaria de Transportes e Trânsito (Settra) garantiu que, até então, não há discussão em relação ao reajuste da tarifa do transporte coletivo urbano. O posicionamento é que a secretaria está cumprindo a determinação do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Em março, o TCE reafirmou que a tarifa não poderá ser reajustada até a conclusão da licitação do transporte público. O valor de R$ 2,25 só será alterado em condição excepcional, que deverá ser justificada e julgada pelo órgão. Conforme a Prefeitura, o edital de licitação está previsto para ser divulgado até o final de junho.
Por meio de nota, a Astransp disse que voltou a apresentar à categoria as dificuldades de as empresas avançarem além do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado (7,13%), aplicado nos salários a partir de 1º de maio. Reforçou, também, que houve recomposição de mais R$ 10 no tíquete-alimentação. “Diante da reação negativa dos representantes do Sindicato, a Astransp pediu prazo para nova consulta às empresas”, afirmou, referindo-se ao encontro do dia 18. A categoria reivindica 5% de ganho real, o que elevaria o reajuste para algo em torno de 12% este ano.